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Aneel libera operação de linha de transmissão no Acre com grande impacto para consumidores

Aumento da conta de luz é o assunto da audiência pública nesta quinta-feira (5) - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Energia elétrica - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou, nesta terça-feira (10), o início da operação da linha de transmissão que conecta Rio Branco às cidades de Feijó e Cruzeiro do Sul, no Acre. A decisão destrava um processo que estava paralisado devido à falta de um quinto diretor na agência reguladora.

A liberação contou com o voto favorável do diretor Ricardo Tili, que mudou de posição ao reconhecer os benefícios econômicos da medida.

A operação da linha deve gerar uma economia anual de cerca de R$ 240 milhões para os consumidores de energia elétrica, eliminando a necessidade de abastecimento dos sistemas isolados do Acre com geradores a diesel.

Prejuízo mensal de R$ 20 milhões motivou decisão

A área técnica da Aneel estimou que a ausência da interligação elétrica vinha causando um prejuízo mensal de R$ 20 milhões, valor destinado ao abastecimento das localidades por meio de combustíveis fósseis.

Esses custos eram pagos por todos os consumidores brasileiros por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).

Com a nova linha de transmissão em operação, a dependência do diesel será eliminada, resultando em uma redução significativa de custos e maior sustentabilidade no fornecimento de energia.

Traçado atravessa terras indígenas com autorização

As torres de transmissão foram instaladas em território indígena, após autorização do Ibama e da Funai. O traçado, alterado em relação ao projeto original, visava encurtar a distância entre as torres e otimizar o transporte de energia.

No entanto, os diretores Ricardo Tili e Fernando Mosna solicitaram uma revisão da receita do projeto, argumentando que a mudança poderia gerar benefícios indevidos aos operadores da linha.

Os diretores Sandoval Feitosa e Agnes da Costa foram contrários à revisão, destacando a urgência da liberação.

O processo era um dos diversos casos paralisados na Aneel devido à ausência de um quinto diretor, essencial para desempatar decisões na agência.

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