Um homem de 40 anos, identificado como Leandro Ferreira Rodrigues, foi esfaqueado na manhã da última quarta-feira (18), supostamente pela namorada, no bairro Tucumã, em Rio Branco, no Acre.

De acordo com informações da Polícia Militar, Leandro teria acordado ao ouvir uma discussão e tentou intervir para encerrar o conflito. Ao tentar separar os envolvidos, a mulher o atingiu com um golpe de faca de mesa nas costas, abaixo da escápula esquerda.

Populares acionaram uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que encaminhou a vítima ao Pronto-Socorro de Rio Branco. Leandro recebeu os primeiros socorros e encontra-se em estado estável, embora seu quadro clínico possa sofrer complicações.

A Polícia Militar do Acre realizou buscas na região para localizar a suspeita, apontada como a namorada do homem esfaqueado, mas não a encontrou. A Polícia Civil investigará o caso.

Violência no Acre

O mês de outubro foi marcado por 21 mortes violentas intencionais no Acre, conforme dados divulgados pelo Ministério Público do Acre (MPAC).

A capital, Rio Branco, concentrou a maior parte dos casos, com 10 registros, representando 47,62% do total. Plácido de Castro vem em seguida com 4 mortes (19,05%), enquanto Assis Brasil e Tarauacá tiveram 2 casos cada, com 9,57% de frequência.

A maioria dos homicídios ocorreu durante a madrugada (38,1%), e as segundas-feiras foram o dia da semana com maior incidência (28,57%).

O uso de armas de fogo foi o principal meio empregado nos crimes, respondendo por 61,9% dos casos, seguido por armas brancas (28,57%) e outros instrumentos (9,52%).

O levantamento também revela o perfil das vítimas. A maior parte tinha entre 25 e 29 anos (9 casos). A população parda foi a mais afetada, com 71,43% das vítimas, seguida pelos indígenas (14,29%) e brancos (9,52%).

Entre as motivações para os homicídios, os conflitos entre facções criminosas e o tráfico de drogas lideram, com 33,33%.

Por fim, outros motivos incluem crimes passionais e intervenções policiais durante o serviço, ambos com 19,05%, além de vingança (9,52%) e feminicídio (4,76%). A motivação de alguns casos ainda está em investigação (14,29%).