O governo do Acre tem intensificado ações para fortalecer a gestão ambiental e territorial nas terras indígenas, com foco na adaptação e mitigação dos impactos climáticos.

A Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi) lidera os projetos, que incluem saneamento, preservação ambiental e valorização cultural.

Investimento de R$ 5 milhões em 2025

O governador Gladson Cameli anunciou a destinação de mais de R$ 5 milhões para implementar políticas públicas em 27 aldeias no próximo ano.

Ele reforçou o compromisso com os direitos dos povos indígenas, especialmente diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas. 

“Criamos a Sepi com o compromisso de fortalecer e ampliar as ações para que possamos levar melhoria de vida aos povos indígenas. O acesso à água potável trará avanços significativos para a saúde e o bem-estar das aldeias, que têm sofrido com os impactos das mudanças climáticas. Vamos dar continuidade às políticas de proteção aos territórios, de incentivo às práticas sustentáveis e valorização de suas culturas”, destaca o governador Gladson Cameli.

Principais eixos de atuação

Os recursos serão direcionados para três áreas prioritárias:

  • Saneamento básico: Construção e manutenção de poços artesianos e reservatórios de água.
  • Apoio aos Agentes Agroflorestais Indígenas (AAFIs): Pagamento de bolsas para 148 agentes que atuam em 30 Terras Indígenas.
  • Programas de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs): Execução de 12 projetos, com investimentos superiores a R$ 1,1 milhão.
Agentes agroflorestais indígenas. – Foto: Acervo/Secom

Adaptação climática beneficiará 27 aldeias

Com o apoio do Programa REM Fase II, foram alocados R$ 2 milhões em projetos para enfrentar os impactos das mudanças climáticas.

Entre as iniciativas, destacam-se a construção de poços artesianos e reservatórios, beneficiando diretamente 4.701 pessoas de 35 aldeias localizadas nas Terras Indígenas do Alto Rio Juruá e do Alto Rio Purus.

Essas medidas visam reduzir a vulnerabilidade das comunidades indígenas frente a eventos climáticos extremos, como secas severas, melhorando significativamente a qualidade de vida.

Planos para 2026

Francisca Arara, gestora da Sepi, afirmou que a meta é levar essas políticas públicas a todas as 36 Terras Indígenas do estado até 2026.

Francisca Arara, secretária da Sepi. – Foto: Diego Gurgel/Secom

O foco será ampliar a preservação ambiental, valorizar os saberes tradicionais e promover o desenvolvimento sustentável, fortalecendo a resiliência das comunidades.

Até o ano que vem, o Acre investirá R$ 2,2 milhões no pagamento de bolsas aos Agentes Agroflorestais Indígenas, que desempenham papel crucial na gestão territorial, segurança alimentar e preservação ambiental.