O governo do Acre, por meio da Secretaria de Saúde, anunciou, nesta quarta-feira (8), um decreto de emergência em saúde pública por 60 dias devido ao crescimento no número de casos de síndromes febris causadas por arboviroses, como dengue, Zika e Chikungunya.

A medida foi tomada em resposta à escalada de casos no estado e será publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira.

No ano passado, o estado registrou 6.346 casos suspeitos de dengue, dos quais 4.300 foram confirmados.

Entre os casos confirmados, 24 evoluíram para sinais alarmantes e uma criança em Cruzeiro do Sul teve a morte confirmada em decorrência da doença. Além disso, outras duas mortes seguem sendo investigadas pelas autoridades de saúde.

Ferramenta de prevenção

Apesar do aumento no número de casos e das mortes confirmadas, o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, tranquilizou a população, afirmando que não há motivo para pânico. Segundo ele, é preciso uma resposta rápida para combater as doenças.

Secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal. – Foto: Divulgação

O decreto é uma ferramenta de prevenção. Não há motivo para pânico na população. É uma forma também de fazer com que o Ministério da Saúde libere recursos para a execução das ações. Precisamos de uma resposta rápida, coordenada e integrada entre os municípios no combate às arboviroses. O Estado precisa dar suporte aos municípios nesse momento tão sensível”, afirmou o secretário.

Chuvas amplificam casos de dengue

No entanto, a situação tem gerado apreensão, especialmente devido à circulação dos tipos 1 e 2 do vírus da dengue no estado.

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) destacou que a propagação das doenças é agravada pelo período chuvoso, que favorece a reprodução dos mosquitos transmissores.

O cenário representa um risco maior para os grupos mais vulneráveis da população, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidade