Parente do ex-prefeito de Nhamundá, a 375 km de Manaus, Gledson Hadson Paulain Machado, é investigado pela Promotoria de Justiça do Ministério Público do Amazonas (MPAM) por eventual enriquecimento ilícito.
De acordo com o promotor de justiça, Weslei Machado, o inquérito civil investiga a evolução patrimonial do parente do ex-prefeito, que não teve seu nome revelado pela justiça, que se mostra incompatível com os rendimentos recebidos pelo cargo público que ocupa na Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM).
Segundo a denúncia , o familiar possui bens acima da sua capacidade financeira, conforme aponta o capital social das empresas registradas em seu nome.
Bens do servidor
No ano de 2013, abriu a empresa Mil Comércio de Estivas e Ferragens Ltda, com capital social avaliado em R$ 150 mil.
Em seguida, abriu a empresa Mil Comércio de Estivas e Ferragens Ltda, com capital social de R$ 800 mil, e a Mil Transportes de Carga, no valor de 1,8 milhão.
As empresas foram abertas, segundo a denúncia, “assim que o prefeito assumiu a Prefeitura de Nhamundá”.
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Investigação
Dentre as providências já adotadas pelo Promotor destacam-se a requisição de informações a serem apresentadas pela SES-AM, no prazo de 20 dias úteis, acerca do vínculo funcional do investigado com o Estado do Amazonas, cargo ocupado, unidade de lotação e extrato de remuneração relativo aos meses de janeiro/2013 a dezembro/2020.
O MP está levantando também informações junto ao Infoseg e à Junta Comercial do Amazonas, para identificação do rol de empresas (pessoas jurídicas) em que o parente do ex-prefeito figure como proprietária ou sócio.
Além disso, também devem ser efetuadas pesquisas em redes sociais para a identificação do estilo de vida socialmente exposto pelo investigado, pesquisas junto ao Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados (Censec), aos cartórios extrajudiciais de Nhamundá, Parintins, Barreirinha e cartórios de Registro de Imóveis de Manaus e ao Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
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