O primeiro ano de pandemia da Covid-19, em 2020, reduziu o número de mamografias realizadas no Amazonas. Os dados são do Sistema de Informação do Câncer (SisCan).
O número de mamografias realizadas no Amazonas chegou a 14.336, uma redução de 30,63% em relação a 2019, quando foram registradas 20.666.
O exame é a principal ferramenta de detecção de alterações nas mamas, para mulheres com 40 anos ou mais, e auxilia no diagnóstico do câncer de mama, tipo da doença mais incidente entre as mulheres no Brasil, explica o presidente da Liga Amazonense Contra o Câncer (Lacc), mastologista Jesus Pinheiro.
Dados
Segundo dados do SisCan, de janeiro a agosto de 2021 foram registradas 13.537 mamografias, uma média mensal de 1.692.
Apesar de a média mensal ser maior que a de 2020 (1.194), ainda não se aproxima da de 2019 (1.722), ano de maior desempenho no triênio 2019-2021, até agora.
Segundo o médico Jesus Pinheiro, o quadro está longe de representar o cenário ideal.
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Quando se trata do Brasil como um todo, o cenário é ainda mais preocupante. Em 2019, o número de mamografias realizadas foi de 3,06 milhões; em 2020, 1,86 milhão (- 39,1%); e em 2021, até outubro, 1,48 milhão, de acordo com a mesma plataforma.
“Por isso, reforçamos no Outubro Rosa a importância da realização desse exame, anualmente, para mulheres com 40 anos ou mais, pois o consideramos a principal ferramenta contra o câncer de mama, e que pode ajudar a salvar milhares de vidas”, explica o especialista.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda que, mesmo que o exame dê negativo, ele deve ser realizado ano a ano.
Chances de cura
Segundo o médico, quando diagnosticado cedo, o câncer de mama tem mais de 90% de chances de cura. O Instituto Nacional do Câncer (Inca), subordinado ao Ministério da Saúde (MS), estima para 2021, cerca de 450 novos casos de câncer de mama no Amazonas.
A doença figura em terceiro no ranking geral do Estado, perdendo apenas para o câncer de colo uterino (com previsão de 700 casos/ano) e para o câncer de pele não melanoma (710 casos).
No Brasil, a projeção é de 66.280 novos casos.
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