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Mais de 80% das plantas arbóreas da Amazônia são úteis para os seres humanos, diz Inpa

Uma pesquisa de mestrado realizada pelo Programa de Pós-graduação em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), indentificou que mais de 80% das plantas arbóreas da Amazônia são úteis para os seres humanos.

A pesquisa científica foi publicada no Journals Plos One e pode ser acessador por todos.

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De acordo com a pesquisa ,na Amazônia há cerca de 2.200 espécies arbóreas possuem utilidade para as populações locais.

Algumas dessas espécies são hiperdominantes, o que significa que ocorrem em abundância muito maior que a média.

A maioria das 227 espécies hiperdominantes são úteis (93%) e a probabilidade de as espécies não-hiperdominantes terem utilidade varia 5% a mais de 81% para diversos fins, como a produção de alimentos, remédios, fibras, abrigo, lenha, construção, venenos, tinturas, roupas e outros.

Estimativas da abundância dessas 2.200 espécies demonstram que representam 84% das plantas arbóreas (árvores e palmeiras) nas florestas amazônicas. As estimativas destacam também a relevância da sua abundância para o uso pelas culturas humanas na região.

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Pesquisa

O estudo foi realizado pela egressa de mestrado Sara Coelho, junto com alguns coautores, que analisou 4.454 espécies arbóreas (árvores e palmeiras) encontradas em 1946 parcelas de inventários florestais da Rede de Diversidade de Árvores da Amazônia (Amazon Tree Diversity Network), e reuniu informações de uso de 29 livros (especialmente, compêndios) e artigos de etnobotânica amazônica publicados entre 1926 e 2013. 

“Antes era comum a gente pensar no valor de uma dúzia de espécies que têm mercados regionais, nacionais e internacionais. Agora, Sara demonstrou que mais de 2.000 espécies têm uso. Cada uma dessas espécies representa uma oportunidade para algum empreendedor transformar este uso tradicional em potencial e este potencial em mercado”, diz o pesquisador do Inpa, Charles Clement.

O estudo destaca o valor socioecológico das plantas amazônicas e sua utilidade diária. Esta informação pode ajudar a planejar a conservação das florestas, porque mostra a importância da sociobiodiversidade e a relação entre o seu uso e sua abundância. 

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