A casca do ingá-cipó pode gerar álcool gel, é o que aponta pesquisa realizada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
A pesquisa está sendo realizada nos laboratórios do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET), com a coleta da matéria-prima de áreas da cidade de Itacoatiara, distante 176 quilômetros de Manaus, e comunidades adjacentes.
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O projeto visa substituir o Carbopol, componente importado cuja intensa demanda atual levou a escassez e a falta do produto no comércio.
A coordenadora da pesquisa e doutora em Química da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Margarida Carmo de Souza, observou que, atualmente, na busca pela sustentabilidade, várias pesquisas estão sendo realizadas para garantir a preservação ambiental e proporcionar um melhor aproveitamento de resíduos, bem como contribuir para a economia, sociedade e ambiente.
“Essa espécie é amplamente distribuída e cultivada na Amazônia e na América Central e a casca é o componente majoritário do fruto, cerca de 53% de sua massa. Essas cascas são grande fonte de biomassa lignocelulósica e acabam sendo desperdiçadas, gerando acúmulo de lixo orgânico. A importância é usar o descarte do fruto e agregar valor ao que atualmente é lixo”, explicou Margarida Souza.
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As amostras de álcool gel obtidas nas diferentes proporções de micro e nanocelulose serão avaliadas quanto às propriedades reológicas (viscosidade, taxa de cisalhamento, etc) e propriedades microbiológicas, por parceiros de pesquisa em laboratórios de Ciência e Engenharia de Materiais da Ufam, Campus Manaus.
“Após obtenção e caracterização do material, fazendo uso de metodologia descrita no Formulário Nacional da Farmacopéia Brasileira, substituiremos o componente gelificante pelo material obtido na pesquisa”, completou a pesquisadora.
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