Com a grande expansão populacional dos municípios de Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, a Área de Proteção Ambiental (APA) Margem Direita do Rio Negro encontra-se em risco e sob ameaças ambientais.
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A APA, criada por decreto estadual em 1995, já perdeu entre 2001 a 2020, mais de 70 mil hectares em áreas desmatadas. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
De acordo com o doutor em Ciências da Engenharia Ambiental, mestre em Biologia de Água Doce e Pesca Interior, professor da Ufam e integrante do Instituto Piatam, Carlos de Carvalho Freitas, a situação em Iranduba, a 38 km de Manaus, é mais alarmante por conta dos novos projetos imobiliários, muitos deles sem licenciamento ambiental, e do depósito irregular de lixo, localizado em um ramal da Estrada do Janauari, dentro da área da APA.
O professor explica que Iranduba produz diariamente cerca de 150 toneladas de resíduos residenciais, comerciais e industriais que tem como destino o lixão.
“A tendência é que a quantidade de resíduos aumente ainda mais com o crescimento da população e expansão das atividades econômicas em Iranduba. Para onde irão todos esses novos resíduos? O cenário ficará mais urgente e afetará ainda mais os lençóis freáticos, o meio ambiente e a saúde da população se algo não for feito a curto e médio prazo”, avaliou.
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Uma das soluções apontadas por Carlos Freitas para recuperar a APA, é a implantação de um aterro sanitário. O projeto para construção do aterro no município atualmente está sob análise do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
De acordo com o Freitas, o aterro sanitário está baseado no trabalho de uma equipe multidisciplinar de profissionais e possui mecanismos para armazenar os resíduos sem impactos para o solo, o ar, a água, a fauna e a população.
O outro cenário seria deixar a APA continuar sendo atacada como está atualmente. A ecossustentabilidade só pode ser alcançada quando os resíduos são tratados de forma adequada e não sendo despejados no meio ambiente sem nenhum controle ou regulamentação”, acrescentou Freitas.
Foto: divulgação – doutor em Ciências da Engenharia Ambiental, mestre em Biologia de Água Doce e Pesca Interior, Carlos de Carvalho Freitas
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