Pesquisadores estão desenvolvendo um sistema capaz de prever fenômenos na região do Rio Madeira para tentar reduzir impactos negativos na vida dos amazonenses.
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A pesquisa está sendo desenvolvida em parceria entre a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). São cerca de 10 pesquisadores da UEA e 15 pesquisadores do Inpe atuando no projeto, que está sendo desenvolvido com foco na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Madeira, que abrange os municípios de Borba, Manicoré e Novo Aripuanã.
De acordo com os pesquisadores, os eventos de secas e enchentes são comuns na bacia Amazônica, mas nas últimas décadas têm se percebido mudanças e variações extremas no clima e na hidrologia da bacia.
Esses eventos afetam de forma direta a biodiversidade e ecossistemas, os recursos hídricos, a economia, a agricultura, a navegação fluvial, a geração de energia, e principalmente os povos e comunidades mais vulneráveis da região Amazônica.
Nos últimos 20 anos, ocorreram três grandes enchentes e três grandes secas na região, o que ocasionou prejuízos à população.
“Por exemplo, a cheia de 2014, produziu inundações e deslizamentos em várias cidades e comunidades na bacia do Rio Madeira, trazendo transtornos e prejuízos para população como famílias desabrigadas, isolamentos das comunidades, prejuízos na economia, na educação, na produção agrícola e na saúde devido às doenças transmitidas por contaminação da água”, explicou o coordenador do projeto, Francis Corrêa.
Pesquisa
A pesquisa foi dividida em duas etapas. A primeira é a etapa observacional, que busca fazer o monitoramento hidroclimático na reserva sustentável. Para melhor acompanhamento está sendo instalada uma plataforma de coleta de dados onde serão monitorados parâmetros como temperatura, umidade, vento, pressão, precipitação e radiação.
Na segunda etapa, será feita a instalação e configuração de modelos climáticos (ETA) e hidrológicos (MGB) no Laboratório de Modelagem do Sistema Climático Terrestre (LABCLIM / UEA).
Ao final da pesquisa, busca-se entregar uma ferramenta que possa ajudar o trabalho dos órgãos públicos.
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