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Cinomose: veterinária explica o que é e como proteger seu cão da doença infectocontagiosa

A cinomose é uma doença infectocontagiosa que afeta cães causada por um vírus altamente contagioso.

Se não tratada a tempo, a doença pode matar de forma rápida os cachorros que ainda não terminaram o esquema vacinal quando filhotes ou que não costumam receber o reforço anual da vacina múltipla (V8, V10, V11 ou V12). 

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O Portal Norte conversou com a veterinária Jéssica Barroso da Clínica Veterinária Moti que falou sobre os sintomas e o tratamento da cinomose.

A especialista explicou que a doença atinge os animais pela ausência da vacina e pela falha do protocolo vacinal. 

“Muitas das vezes, os donos só dão a primeira dose e não imunizam o seu pet acompanhado do protocolo vacinal com o reforço anual”, disse.

A melhor maneira de evitar que o cão seja infectado é por meio da vacinação. A primeira dose deve ser aplicada no cachorro aos 2 meses de idade.

Para a veterinária Jéssica, o dono do animal deve se preocupar em buscar o tratamento nos primeiros sintomas. 

“O tratamento precoce aumenta a chance de sobrevida do animal. Os sintomas variam de acordo com a virulência da cepa viral, da idade e do estado imunológico do animal”, explicou.

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De acordo com a especialista, os primeiros sintomas são: tosse, diarreia, vômitos, anorexia, secreção oculonasal (no olho e no nariz), pneumonia e alterações neurológicas (convulsões, espasmos). 

Para o tratamento do animal, a veterinária disse que não há medicamentos antivirais eficazes, no entanto, o tratamento consiste em tratar os sintomas causados nos diferentes sistemas acometidos. 

“Como por exemplo, os tratamentos alternativos ou complementares nós temos a acupuntura e a fisioterapia, que são bastante utilizados no tratamento de sequelas da doença”, argumentou.

Ao ser questionada sobre se a doença pode atingir o humano, Jéssica disse que foi realizado um estudo experimental com humanos e observou-se uma infecção assintomática, não sendo considerado uma zoonose. 

Risco de morte 

Se não houver um tratamento correto, segundo Jéssica, a doença pode matar o cachorro de forma rápida. 

“A fase mais tardia ou avançada da doença é sem dúvida a neurológica, sendo que, o sistema nervoso central e os tecidos epiteliais demoram cerca de 8 a 14 dias para serem acometidos”.

Sequelas

A veterinária alerta que mesmo depois do tratamento até a cura, o animal pode ficar com algumas sequelas do vírus, como é o caso da cadelinha Belinha (foto abaixo), que ficou com tiques nervosos.

 

Foto: divulgação – cadelinha Belinha

 

Gatos

De acordo com a especialista, essa doença só acomete os cães, e não os gatos domésticos.  

“Apesar de já haver casos de membros da família Felidae serem acometidos pela doença, como leões, leopardos, tigres e jaguares, os gatos domésticos têm sido infectados somente de maneira experimental, mas eles não pegam de forma natural como os cães”. 

Doença enzoótica

Jéssica disse que não há nenhum estudo bem desenvolvido sobre os números de animais infectados no Amazonas, porém, é considerada uma doença enzoótica, que está sempre presente, em todo Brasil. 

Ao final da entrevista, a especialista disse que, em casos de animais doentes, os seus donos devem fazer o isolamento desse pet e a desinfecção do ambiente para evitar a disseminação da doença para os outros cachorros da casa.

“E procurar imediatamente um especialista veterinário, para que o tratamento, para salvar esse animal, seja iniciado de imediato”, disse.

 

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