A Prefeitura de Manacapuru, a 70,66 km de Manaus, decretou situação de emergência por 180 dias em função da cheia do Rio Solimões. A enchente já causa prejuízo nos setores da agricultura e pecuária.
O decreto de nº 1052/2022 foi publicado no Diário Oficial dos Municípios (DOM) nesta terça-feira, 19, e assinado no dia 13 de abril, pelo prefeito Betanael da Silva D’Ângelo.
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Além de Manacapuru, os municípios de Boca do Acre, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Envira e Eirunepé já decretaram situação de emergência por conta da subida dos rios no interior do Amazonas.
De acordo com dados do Centro de Monitoramento e Alerta do Amazonas (Cemoa) da Defesa Civil do Estado, o nível do Solimões subiu 0,4 centímetro por dia, no período de 9 a 13 de abril.
Segundo dados do boletim de nº 15 de monitoramento hidrometeorológico da Amazônia Ocidental, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o nível do Solimões encontra-se acima do limite superior da faixa de normalidade.
Na última quarta-feira, 13, o rio atingiu 18,39 metros, ultrapassando a cota máxima de transbordamento de 18,20 metros.
A cota máxima registrada no município é de 20,86 metros, faltando 2,66 metros para alcançar a cota máxima registrada em 17 de junho de 2021.
Foto: Marcelo Bezerra- Cheia do Rio Solimões em Manacapuru, interior do AM
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No início de abril, o Cemoa emitiu um alerta para os municípios da região do Baixo Solimões sobre a persistência do cenário de excesso de precipitação para abril e maio.
“Tal situação prevê medidas preparatórias para o enfrentamento de um possível evento de inundação, considerando que as máximas normalmente se dão no mês de junho”, informou o Cemoa.
Prejuízo
A subida do rio já causa prejuízos na agricultura, pecuária, abastecimento de água, energia e na aulas do município.
Segundo o DOM, está “sendo necessária a construção de pontes e marombas, retirada de pessoas e inclusão no aluguel social, as sedes das comunidades rurais, bem como o remanejamento do rebanho de gado para pastos alugados na sede do município”, diz um trecho do decreto.
Parte das escolas localizadas na Zona Rural e algumas na sede do Município de Manacapuru já está sofrendo com os efeitos da cheia, impossibilitando o deslocamento dos professores para as unidades escolares, e a elaboração e distribuição das apostilas fornecidas aos alunos da rede municipal.
“A enchente também afeta o fornecimento de energia elétrica, bem como a captação e o abastecimento de água potável em muitas comunidades da Zona Rural e na sede do município”, finaliza o decreto.
Foto: Marcelo Bezerra- Cheia do Rio Solimões em Manacapuru, interior do AM
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