O rendimento médio mensal domiciliar por pessoa passou de R$ 893 em 2020 para R$ 810 em 2021, no Amazonas.
Este é o menor valor da série histórica, iniciada em 2012, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Rendimento de todas as fontes 2021, divulgada na sexta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Em 2021, havia 4,1 milhões de pessoas residentes no Amazonas, ante 3,5 milhões em 2012.
No Amazonas, o percentual de pessoas com algum rendimento, de qualquer tipo, passou de 50,4%, em 2020, para 49,3%, em 2021, o equivalente a 2,02 milhões de pessoas. Este é o menor nível desde 2017 (49,0%).
Brasil
No Brasil, o rendimento médio mensal domiciliar por pessoa também apresentou o menor nível da série da pesquisa (R$ 1.353).
Norte e Nordeste foram as regiões que apresentaram os menores valores (R$ 871 e R$ 843, respectivamente) e também as maiores perdas entre 2020 e 2021 (de 9,8% e 12,5%, nessa ordem).
Já as regiões Sul e Sudeste se mantiveram com os maiores rendimentos (R$ 1.656 e R$ 1.645, respectivamente).
Regiões
O percentual de pessoas com algum rendimento, de qualquer tipo, na população do país também caiu: de 61% para 59,8%, retornando ao percentual de 2012, o menor da série. Houve redução em todas as regiões, principalmente no Norte.
O Sul (64,8%) continua com a maior estimativa, como aconteceu em todos os anos da série histórica.
As menores são nas regiões Norte (53,0%) e Nordeste (56,3%).
A Região Sudeste concentrava a maior parte da população (42,1%), seguida das Regiões Nordeste (27,1%), Sul (14,3%), Norte (8,7%) e Centro-Oeste (7,8%).
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Rendimento recebido
Em 2021, no Amazonas, o contingente de pessoas que possuíam rendimento da categoria “todos os trabalhos” correspondia a 36,4% da população residente (1,4 milhão), acima de 33,7% (1,3 milhão) em 2020.
Por outro lado, 17,7% dos residentes (727 mil) possuíam algum rendimento proveniente de outras fontes em 2021, enquanto, em 2020, essa estimativa era de 23,7% (960 mil).
No primeiro ano da pandemia de COVID-19, observou-se redução do peso do trabalho e aumento de outras fontes de rendimento, no entanto, entre 2020 e 2021 o movimento foi oposto.
A tendência de aumento da parcela correspondente ao rendimento do trabalho e queda do peso do rendimento de outras fontes ocorreu em todas as Grandes Regiões.
Contudo, o aumento do peso do trabalho não compensou a queda da parcela da população recebendo rendimento de outras fontes, o que levou à continuidade da redução do percentual da população com algum tipo de rendimento, iniciada em 2020.
Dados
Dentre os componentes dos rendimentos de outras fontes, a categoria outros rendimentos manteve a principal estimativa, no Amazonas: 11,4% (468 mil pessoas) da população residente recebia este rendimento em 2021; seguida por aposentadoria e pensão: 5,6% (230 mil pessoas).
Com percentuais bem menores, seguiam as categorias de pensão alimentícia, doação e mesada de não morador (0,7%) e aluguel e arrendamento (0,4%).
Os percentuais por tipos de rendimentos se mantiveram estáveis, exceto na categoria outros rendimentos, que passou de 17,3%, em 2020, para 11,4%, em 2021, no Estado.
No primeiro ano da pandemia de COVID-19, observou-se redução do peso do trabalho e aumento de outras fontes de rendimento, no entanto, entre 2020 e 2021 o movimento foi oposto.
A tendência de aumento da parcela correspondente ao rendimento do trabalho e queda do peso do rendimento de outras fontes ocorreu em todas as Grandes Regiões.
Contudo, o aumento do peso do trabalho não compensou a queda da parcela da população recebendo rendimento de outras fontes, o que levou à continuidade da redução do percentual da população com algum tipo de rendimento, iniciada em 2020.
Dentre os componentes dos rendimentos de outras fontes, a categoria outros rendimentos manteve a principal estimativa, no Amazonas: 11,4% (468 mil pessoas) da população residente recebia este rendimento em 2021; seguida por aposentadoria e pensão: 5,6% (230 mil pessoas).
Com percentuais bem menores, seguiam as categorias de pensão alimentícia, doação e mesada de não morador (0,7%) e aluguel e arrendamento (0,4%).
Os percentuais por tipos de rendimentos se mantiveram estáveis, exceto na categoria outros rendimentos, que passou de 17,3%, em 2020, para 11,4%, em 2021, no Estado.
Desigualdade cresce
A pesquisa também mostra a desigualdade de renda no país em 2021.
Após relativa estabilidade em 2019 (0,544) e queda em 2020 (0,524), o índice de Gini do rendimento médio mensal domiciliar por pessoa aumentou em 2021, voltando ao patamar de dois anos antes (0,544). Quanto maior o Gini, maior a desigualdade.
No Amazonas, o índice de Gini do rendimento domiciliar per capita alcançou 0,541, em 2021, frente a 0,533, em 2020. Ou seja, em 2021, o índice que mede a desigualdade aumentou no Estado.
Programas sociais
Devido à pandemia do novo coronavírus e à necessidade de distanciamento social, em 2020, o governo federal criou o auxílio emergencial, benefício destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados.
Esse benefício entrou na categoria de outros programas sociais, estando presente em 18,0% (202 mil) dos domicílios do Amazonas em 2021, após totalizar 36,1% (395 mil) dos domicílios em 2020, redução que pode ser explicada por mudanças na concessão do auxílio realizadas com a flexibilização das medidas sanitárias.
Como parte dos beneficiários do Programa Bolsa Família passou a receber o auxílio emergencial, entre 2019 e 2020 houve redução da proporção de domicílios que recebiam tal benefício (de 27,7% para 12,7%; de 298 mil domicílios, para 139 mil).
Contudo, a diminuição do recebimento de outros programas sociais, em 2021, foi acompanhada pelo aumento da proporção de domicílios com algum beneficiário do Bolsa Família (17,4% ou 196 mil domicílios).
Por sua vez, a proporção de domicílios que recebiam BPC-LOAS foi de 5,8% em 2019, de 5,1%, em 2020, e de 4,4% (50 mil domicílios), em 2021, no Amazonas.
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