Uma área de floresta equivalente a mais de 12 mil campos de futebol foi alvo de exploração ilegal de madeira no Amazonas em um ano, revela pesquisa feita pela Rede Simex.
De acordo com o estudo, o quantitativo equivale a quase 90% de toda a extração madeireira no estado.
– Envie esta notícia no seu Whatsapp
-Envie esta notícia no seu Telegram
O mapeamento mostra que 14.976 hectares (ha) foram explorados em solo amazonense entre agosto de 2020 e julho de 2021, sendo 12.857 ha (86%) de forma não autorizada pelos órgãos ambientais.
Conforme análise da pesquisa, apenas 2.118 ha (14%) tiveram a extração autorizada. A maior parte da extração ilegal foi detectada em imóveis rurais privados (40,9%) e em terras indígenas (32,8%).
A análise da exploração madeireira no Amazonas foi baseada em imagens de satélite, que foram cruzadas com dados públicos das autorizações para a atividade emitidas pelos órgãos ambientais.
A Rede Simex é integrada por quatro organizações de pesquisa ambiental: Imazon, Idesam, Imaflora e ICV.
O levantamento mostra ainda que nove municípios tiveram extração de madeira não autorizada, sendo 9.476 ha (74%) apenas em Lábrea e Manicoré, localizados ao Sul do estado.
Entre as terras indígenas, a Tenharim Marmelos foi a segunda colocada no ranking das mais exploradas da Amazônia Legal em 2021.
De acordo com dados da pesquisa, a área total de extração madeireira em terras indígenas no Amazonas foi de 4.222 ha, dos quais 83% (3.508 ha) ocorreram somente na Tenharim Marmelos.
Já em relação às unidades de conservação, quatro tiveram extração de madeira não autorizada, somando 1.365 hectares, sendo que 75% (1.027 ha) foram explorados somente no Parque Nacional dos Campos Amazônicos.
A área de proteção integral também liderou ranking na análise anterior, que levou em conta o período entre agosto de 2019 e julho de 2020.