O Amazonas já registra neste ano 110 casos confirmados da doença da urina preta, a rabdomiólise.
É o que revela o último boletim da Fundação em Vigilância Sanitária do Amazonas (FVS-RCP), divulgados nesta quarta-feira (16).
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Dos 115 casos suspeitos da doença da ‘urina preta’, 5 foram descartados. Os infectados são 60 homens e 50 mulheres.
Os casos confirmados foram em Itacoatiara (66), Manaus (21), Careiro da Várzea (5), Parintins (4), Manacapuru (3), Itapiranga (2), São Sebastião do Uatumã (2), Borba (2), Urucurituba (2), Tabatinga (1), Boa Vista do Ramos (1) e Codajás (1).
Na atualização não há descrição de pacientes internados.
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Infecção por urina preta
De acordo com a FVS-RCP, em caso de suspeita com alimentos, é importante guardar o peixe, suspeito de contaminação, para análise.
“Importante que ao consumir o peixe, possam estar guardando, se possível, o resto desse alimento. Pois juntamente com amostras laboratoriais do paciente, como sangue e urina, e do peixe consumido, é enviado para a instituição de pesquisa. A doença não tem um diagnóstico laboratorial definido, e sim com quadro clínico”, informou a coordenadora estratégica da FVS-RP, Josielen Amorim.
Doença de Haff
A rabdomiólise é uma síndrome que pode ocorrer em função de agravos diversos, como traumatismos, atividades físicas excessivas e infecções, ou ainda devido ao consumo de álcool e outras drogas.
Quando associada ao consumo de peixes com toxinas, a síndrome é denominada “doença de Haff”.
Os sinais e sintomas mais frequentes, entre os casos compatíveis, são: mialgia, mal-estar, náuseas, fraqueza muscular, dor abdominal, vômito e urina escura.