Em 2022, o Amazonas registrou 230 casos de esporotricose, uma doença infectocontagiosa que pode afetar humanos e animais, como cães e gatos.

A doença, causada pelo fungo Sporothrix, em caso mais graves, pode afetar pulmões e ter sintomas parecidos com os da tuberculose.

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Conforme a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), o fungo causador da esporotricose pode ser encontrado naturalmente em solo, madeira e plantas.

Sintomas da esporotricose

Os sintomas iniciam com o aparecimento de feridas na pele, como vermelhidão semelhante às de picada de mosquito, e podem até afetar os pulmões, em casos mais graves.

Em casos considerados mais graves, há o surgimento de tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre.

Conforme a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), na forma pulmonar, os sintomas se assemelham aos de tuberculose.

Dos 230 registros de pessoas com esporotricose no Amazonas, 225 são em Manaus, 3 em Iranduba, 1 em Presidente Figueiredo e 1 em Juruá.

Transmissão da doença

Entre os mais afetados pela esporotricose estão os gatos, que podem transmitir a doença para humanos por meio de arranhões ou mordidas.

Os felinos que mais sofrem com a doença são os que vivem na rua e entram em contato com solo e tronco de árvores contaminados.

Nos gatos, as feridas são concentradas na região da face do animal e das patas.

O contato com o fungo para o cuidador desse animal ocorre se a garra ou boca do felino estiver contaminada, quando o gato arranha ou morde, mesmo brincando.

Conforme o Zoonoses da FVS-RCP, os gatos com suspeita da doença devem ser diagnosticados e tratados.

“Se esse gato doente foge, abandonando a casa para se isolar na área verde, a tendência dele é morrer sozinho. E quando ele morre, a carcaça se decompõe, mas o fungo permanece”, explica Deugles Cardoso.

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Prevenção

A principal medida de prevenção é evitar a exposição direta ao fungo.

Em trabalhos que envolvam o manuseio de material proveniente de solo e plantas, a orientação é usar luvas e roupas de mangas longas e calçados.

Qualquer manipulação de animais doentes deve ser realizada com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

Tratamento

O tratamento deve ser realizado após avaliação clínica com orientação e acompanhamento médico.

Os animais podem ser encaminhados ao centro de controle de zoonoses municipal.

Diante da suspeita de animais doentes e que vivem na rua, a orientação é que os moradores informem o centro de controle de zoonoses para que seja realizada a captura do animal.

No Amazonas, o diagnóstico de animais e humanos é realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do estado (Lacen-AM), integrante da FVS-RCP.

Os casos são tratados nas unidades de saúde das Secretarias Municipais de Saúde.

Em Manaus, os suspeitos de esporotricose humana podem ser encaminhados para a Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) ou Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham).