As audiências em torno do caso Bruno e Dom, indigenista e jornalista mortos em reserva indígena, começaram nesta segunda-feira (20), em Tabatinga, no Amazonas.

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As entrevistas de instrução e julgamento são para decidir se os acusados de assassinar a dupla vão a júri popular.

Os depoimentos sobre as mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips serão coletados até quarta (22).

Durante três dias de audiência, serão ouvidos os depoimentos de 15 testemunhas, bem como os depoimentos dos três acusados, que participam por videoconferência.

Conforme a Justiça, na audiência de instrução e julgamento, o objetivo é verificar se as provas testemunhais colhidas durante a fase do inquérito policial são robustas ou não para irem a júri popular.

Audiências canceladas

As audiências estavam marcadas para ocorrer nos dias 23, 24 e 25 de janeiro, mas não aconteceram por problemas técnicos, conforme a Justiça Federal no Amazonas.

No processo, o Ministério Público Federal denunciou Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, “Dos Dantos”; e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha” pela morte de Bruno e Dom.

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Caso Bruno e Dom

Bruno e Dom foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael, em direção a Atalaia do Norte, interior do AM.

A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho. 

Eles foram mortos a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados. 

Segundo a PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom, baleado uma vez, no tórax.

A polícia achou os restos mortais dos dois após Amarildo da Costa Oliveira confessar envolvimento nos assassinatos e indicar onde estavam os corpos.