O Ministério Público do Amazonas denunciou os influenciadores Isabelly Aurora, Mano Queixo e Lucas Picolé, nessa quarta-feira (20), pelo esquema ilícito de sorteio de rifas na internet.
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No documento de denúncia, Lucas e Isabelly são dados como mandantes da organização criminosa.
Os três estão presos desde junho e julho deste ano. Isabelly cumpre prisão domiciliar.
A polícia explicou que os influenciadores ofereciam veículos e dinheiros nas redes sociais por meio de rifas.
Entretanto, os ganhadores eram conhecidos dos três, então os “prêmios” voltavam para si.
Como funcionava
Uma significativa quantia de dinheiro, do pagamento das rifas, foram dados a Picolé e Isabelly, enquanto a ex-mulher de Lucas e Mano Queixo recebiam quantias de prêmios menores.
Para ‘dissimular’ a propriedade do dinheiro. Picolé usava a conta de Marcos Vinícius Maquiné.
A cunhada de Lucas Picolé, Flávia Ketlen da Silva, participava junto À loja “Lucca Conceito” e na lavagem de capitais. Ela deixava que o influenciador obtivesse veículos em seu nome.
Na família de Aurora, há compras de veículos no nome da mãe, isabel Simplício, e no nome do ex-marido, Paulo Victor Bastos.
Vítimas
A denúncia detalha alguns dos golpes aplicados pela organização criminosa.
O MP-AM cita o caso da rifa que tinha como prêmio um veículo do modelo GOL.
A vítima foi o “ganhador” Ney da Silva Araújo, sorteado no dia 26 de maio de 2023.
Para ele, foi prometido que receberia o carro de placa OAN 2937.
Entretanto, ao receber o prêmio, o veículo estava registrado no nome de Francisco das Chagas Lisboa da Silva, que disse não ter autorizado a venda do automóvel.
Outro caso foi sobre a vítima Abrahão Candido da Silva Neto, que teve a própria moto aquática entregue ao ganhador de uma rifa em fevereiro deste ano, João Vieira Barbosa.
Abrahão disse que havia apenas emprestado o veículo para Picolé fazer a entrega do prêmio.
O terceiro caso citado no documento foi sobre uma rifa que sorteava um carro de modelo AMAROK.
Isabelly foi quem promoveu o “sorteio”, já que o carro seria entregue para Paulo Vítor e o valor das rifas era pra quitar o pagamento do veículo.
“Se o objetivo final dos denunciados era que o veículo ficasse com PAULO VÍTOR certamente as pessoas que estavam comprando os bilhetes estavam sendo mantidos em erro, acreditando que teriam chance de serem as proprietárias do veículo”, descreveu a denúncia.
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