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PF: Operação ‘Emergência 192’ combate fraude a licitações no Amazonas

A operação Emergência 192 foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (28), visando combater crimes, desvios de recursos públicos e fraude à licitação em contratos firmado pela Prefeitura do Município de Rio Preto da Eva, a 58 km de Manaus.

Foto: Divulgação/PF

A operação “Emergência 192” foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (28), visando combater crimes, desvios de recursos públicos e fraude a licitações envolvendo contratos firmados pela Prefeitura do Município de Rio Preto da Eva, a 58 km de Manaus.

Os crimes estão relacionados à compra de medicamentos hospitalares e uma ambulância no ano de 2020.

A operação mobiliza 25 policiais federais, que cumprem 5 mandados de busca e apreensão em locais estratégicos identificados durante as investigações.

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A investigação iniciou a partir de denúncia que questionava a eficácia terapêutica dos medicamentos adquiridos por meio de dispensa de licitação.

Adicionalmente, a denúncia levantou suspeitas sobre a idoneidade da empresa contratada, uma vez que sua atividade principal não está relacionada ao setor hospitalar, mas sim ao comércio varejista de materiais de construção.

Durante as investigações, foram apontados indícios de conluio, visto que as propostas apresentadas pelas empresas nas licitações contavam com similaridades textuais e erros ortográficos idênticos, o que sugere um acordo prévio para manipular o resultado dos processos licitatórios.

Foi verificado que os sócios das empresas concorrentes mantêm relações pessoais e de confiança entre si, incluindo relações afetivas e procurações outorgadas.

Essas relações indicam a possível falta de competitividade e isenção nos processos licitatórios. Os sócios das empresas investigadas também foram, em algum momento, assessores comissionados da Prefeitura de Rio Preto da Eva e possuem vínculos políticos e pessoais com outros sócios das empresas sob investigação.

A análise dos dados financeiros revelou saques fracionados e transferências suspeitas nas contas bancárias das empresas envolvidas, imediatamente após os pagamentos efetuados pela
Prefeitura.

As medidas cautelares de busca e apreensão visam obter elementos que comprovem a prática dos crimes investigados, além de aprofundar a investigação sobre o destino dos recursos.

Somadas, as penas dos crimes de fraude à licitação, peculato (desvio de recursos públicos) e associação criminosa podem ultrapassar 19 anos de reclusão.

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