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Caso Bruno e Dom: Justiça decide que 3 réus serão levados a júri popular

Homenagem foi feita pela Câmara ao jornalista inglês Dom Phillips e ao indigenista Bruno Pereira, mortos em junho do ano passado -Foto: Reprodução/Redes Sociais e Marcos Corrêa/PR

A Câmara dos Deputados realizou uma sessão solene em homenagem ao jornalista inglês Dom Phillips e ao indigenista Bruno Pereira -Foto: Reprodução/Redes Sociais e Marcos Corrêa/PR

O caso Bruno e Dom ganhou um novo capítulo, nesta terça-feira (3), com a decisão da Justiça Federal de levar três réus envolvidos no crime a júri popular, no Amazonas.

Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos” e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, são acusados do crime.

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O trio participou dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, em junho de 2022, na região do Vale do Javari, em Atalaia do Norte, interior do estado.

Réus respondem por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver – Foto: Reprodução/Internet

Bruno e Dom foram mortos a tiros, esquartejados e tiveram as partes dos corpos queimadas e enterradas em área de mata.

Os restos mortais das vítimas foram encontrados após 10 dias de buscas na região do Vale do Javari, após indicação de um dos réus.

Júri popular

A decisão de levar os réus a júri popular é assinada pelo juiz federal Weldeson Pereira, da Comarca de Tabatinga, e foi publicada na segunda-feira (2).

“Requer-se o recebimento desta denúncia, instaurando-se o competente processo penal, consoante o rito bifásico previsto pelo artigo 406 e seguintes do Código de
Processo Penal, com a citação dos denunciados para oferecerem resposta à acusação, oitiva das testemunhas abaixo arroladas e a realização dos interrogatórios,
prosseguindo-se, conforme o devido processo legal, até a sentença de pronúncia e posterior encaminhamento do feito para julgamento pelo Tribunal do Júri”, diz trecho da decisão.

No documento, o juiz também mantém os três homens presos, que respondem por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Os réus estão em presídios federais, no Paraná e Mato Grosso.

Veja documento na íntegra:

Caso Bruno e Dom

Bruno e Dom foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael, em direção a Atalaia do Norte, interior do AM.

A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho. 

Caso Bruno e Dom: corpos foram enterrados em área de mata – Foto: Divulgação/PF

Eles foram mortos a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados. 

Segundo a PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom, baleado uma vez, no tórax.

A polícia achou os restos mortais dos dois após Amarildo da Costa Oliveira confessar envolvimento nos assassinatos e indicar onde estavam os corpos.

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