A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não garantiu a licença para conclusão de obras na BR-319, mesmo sendo uma possível solução para o isolamento que o estado vive devido à seca e a dificuldade da navegabilidade pelos rios.
Ela participou, nesta quarta-feira (4), de coletiva de imprensa na sede do Governo do Amazonas. Marina acompanhou o vice-presidente da República, Geraldo Alckimin, durante sobrevoo de áreas afetadas pela seca na região.
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Segundo Marina, o projeto está em análise pelo Governo Federal, e que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) “responde a aspectos técnicos”.
“O processo de licenciamento ambiental precisa responder a três questões: viabilidade econômica, viabilidade social e viabilidade ambiental”, declarou. “Essa estrada, de fato, já tem um trecho que foi aberto. Uma parte tem traficabilidade, a outra não, que é uma área que é florestada. Como eu costumo dizer, o IBAMA não facilita e nem dificulta. Ele responde a aspectos técnicos. Se as respostas técnicas são dadas, de forma a preservar o meio ambiente, o IBAMA vai analisar se concede ou não a licença à luz dos estudos de impacto ambiental”, completou.
Ela também citou que se “A BR fosse fácil de fazer, nesses 15 anos talvez tivesse sido feita”, fazendo referência ao período que não esteve à frente do ministério desde 2008.
“Ela envolve uma complexidade que precisa ser vista com toda a sensibilidade que nós temos com o econômico, social, ambiental, cultural”, disse.
Já o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reforçou a criação de um grupo de estudos que irá analisar a viabilidade de pavimentação da rodovia.
“A BR-319 está incluída no PAC. O ministro dos Transportes, Renan Filho, criou um grupo de trabalho para que possa analisar, fazer a pavimentação e as obras necessárias dentro de um conceito de rodovia parque e com todos os cuidados ambientais”, afirmou.
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