De agosto de 2021 a julho de 2022, o Amazonas teve 50.448 hectares de floresta explorados, valor 336,85%.

As informações são do Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), formado pela rede de instituições de pesquisa ambiental integrada por Imazon, Idesam, Imaflora e ICV divulgada nesta quinta-feira (14).

Os dados mostram que a exploração foi maior do que foi registrado no ciclo de análise anterior (2020 – 2021), quando a exploração mapeada no estado foi de 14.976 hectares.

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Deste total, 46.145 hectares, cerca de 91%, foi autorizado via licença de operação.

Apenas 4.303 hectares, cerca de 9%, ocorreram de forma não autorizada.

Dados

Os dados utilizados para avaliar a legalidade das explorações de madeira no estado do Amazonas foram obtidos por meio do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor) pela plataforma do Sistema Compartilhado de Informações Ambientais (Siscom).

Para cada extração madeireira mapeada, foi verificada a existência de licença para Plano de Manejo Florestal Sustentável que apresentasse validade em conformidade com o período de análise deste trabalho, que foi de agosto de 2021 e julho de 2022.

Os dados provenientes do Sinaflor são públicos e podem estar incompletos ou ter sofrido alteração recente.

Explorações não autorizadas

Cerca de 82,77% das explorações não autorizadas, a maioria foi detectada em imóveis rurais privados com Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Em Terras Indígenas (TI) foram 13,29% e 3,35%, em Unidades de Conservação (UC).

Os municípios com mais exploração autorizada foram:

  • Itapiranga com 31.228 hectares;
  • Lábrea com 6.545 hectares;
  • Pauini com 6.201 hetactares;
  • Boca do Acre com 1.542 hectares;
  • Manicoré com 483 hectares;
  • Novo Aripuanã com 87 hectares;
  • E Humaitá com 59 hectares.

As áreas protegidas que registraram exploração não autorizada foram:

  • TI Tenharim, que teve 797 hectares;
  • Parque Nacional (Parna) dos Campos Amazônicos com 136 hectares;
  • TI Tenharim Marmelos 36 hectares;
  • E a Área de Proteção Ambiental (APA) Margem Direita do Rio Negro Setor Paduari-Solimões, com 8 hectares.

Já entre os municípios com mais exploração não autorizada estão:

  • Lábrea;
  • Novo Aripuanã;
  • Manicoré;
  • Humaitá;
  • E Iranduba.

Ranking da exploração madeireira

Considerando o total explorado, autorizado ou não na Amazônia Legal, o estado do Mato Grosso respondeu por 65,8% da exploração madeireira na região.

Seguido pelo Amazonas com 12,8%, Pará com 9,8%, Acre com 6,5%, Rondônia com 4,7% e Roraima com menos de 1%.

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