Durante reunião entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Banco Mundial nessa terça-feira (19), foi discutido a elaboração de uma carta-consulta com proposta de financiamento de até R$ 200 milhões para as agendas do programa Amazonas 2030, lançado na COP28.
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O encontro é a continuação das discussões de metas anteriores, recontextualizadas dentro do cenário de mudanças climáticas enfrentadas pelo Amazonas.
Na nova proposta, serão contempladas as metas de restauração florestal e “zeragem” do desmatamento líquido até 2030, aumento de Cadastros Ambientais Rurais (CARs) e Certidões de Direito Real de Uso (CDRUs), estratégias de fomento da bioeconomia, dentre outras partes.
Carta-Consulta
A carta-consulta é um documento que descreve ações e custos previstos na execução de projetos a serem contratados com recursos externos.
O documento será encaminhado ao governo federal, juntamente com outros projetos de estados e municípios diversos, conforme explica o controlador-geral da Sefaz, Alessandro Moreira.
“Esses projetos concorrem entre si porque, embora o banco tenha um recurso voluptuoso destinado ao Brasil, todas essas operações precisam ter o aval da União, que é limitado. A gente precisa, por isso, construir um bom projeto. Nossa base já é competitiva, mas vai se tornar ainda mais, por ter muitos projetos bem interessantes captados aqui pela Sema, que podem ter um impacto muito positivo para a economia e para a área social do Amazonas”, afirmou.
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Banco Mundial
O Banco Mundial é uma instituição financeira internacional que efetua empréstimos a países em desenvolvimento.
A instituição provê financiamento, consultoria política e assistência técnica aos países parceiros.
Para o especialista ambiental sênior do Banco Mundial, Werner Kornexl, o Amazonas possui um grande diferencial por ser o estado com maior floresta nativa do mundo.
“O Amazonas não tem o reconhecimento que merece pelo seus benefícios ambientais e hídricos que fornece. Para nós, este estado tem uma certa prioridade por causa disso. A gente está tentando verificar e apoiar a gestão de recursos naturais, mas também melhorar a situação fiscal do estado para atender essas demandas específicas que tem aqui”, disse.
Do empréstimo estipulado, parte dos recursos vai para investimentos em bioeconomia, em termos de políticas públicas, concessões florestais e estruturação de mercados estaduais para compra desses produtos.