Manaus amanheceu, neste domingo (11), novamente coberta por uma densa camada de fumaça, provocada pelas queimadas que se alastram pelos municípios do Amazonas.

Pelo segundo dia consecutivo, a capital enfrenta a piora da qualidade do ar, situação que levou os moradores a compartilhar nas redes sociais imagens da cidade encoberta pela fumaça durante a madrugada. No sábado (10), a onda de fumaça encobriu a cidade ao longo da tarde.

A poluição do ar, gerada pelas queimadas, ameaça a saúde pública em Manaus. Dados do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (APP Selva) revelam que a maioria dos bairros da cidade apresenta qualidade do ar classificada como “muito ruim”.

No bairro Armando Mendes, a concentração de partículas finas (MP2.5) atingiu 114,9 µg/m³, enquanto no bairro Zumbi dos Palmares, o índice chegou a 89,4 µg/m³. Apenas no bairro Cachoeirinha a qualidade do ar foi considerada moderada.

Queimadas na Amazônia

A qualidade ruim do ar tem relação direta com o número de queimadas. Somente na quinta-feira (8), o bioma amazônico contabilizou 1.209 registros do tipo. No período de 1º de janeiro a 8 de agosto, o aumento é de 96%. Em números absolutos, já são 32.251 focos de calor identificados neste ano.

Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A situação pode piorar, pois, historicamente, o mês com o maior número de incêndios é setembro.

Conforme secretário do município de Apuí, no Amazonas, as queimadas pioram a qualidade do ar. Por consequências, unidades de saúde do município têm recebido mais pessoas com problemas respiratórios.

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