Promotorias do interior do Amazonas devem receber sensores de qualidade para monitorar a qualidade do ar e no combate à degradação ambiental. O aparelho será fornecido pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM).
A medida foi anunciada pelo procurador-geral de Justiça, Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, durante uma reunião com promotores do interior e o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Especializadas na Proteção do Meio Ambiente (CAO-MAPH-URB).
Os sensores adquiridos, modelo PurpleAir PA-II-FLEX, serão usados para medir temperatura, umidade e concentração de partículas no ar.
Em agosto, municípios do interior do Amazonas e a capital amazonense enfrentaram uma onda de fumaça que deixou a qualidade do ar com índices ruins.
Esses equipamentos foram obtidos por meio de acordos judiciais e extrajudiciais relacionados a Compensações por Danos Ambientais.
Os sensores serão integrados ao aplicativo “Selva”, desenvolvido em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que já participa de iniciativas para monitorar a qualidade do ar prejudicada pela fumaça.
Preparativos para instalação
Carlos Sérgio Edwards de Freitas, coordenador do CAO-MAPH-URB, informou que o MPAM está levantando as necessidades de infraestrutura nas comarcas para instalar os sensores, que requerem apenas internet e energia elétrica para operar.
Atualmente, 80 dispositivos estão prontos para serem distribuídos, com o objetivo de iniciar o monitoramento em todo o Estado, tanto na capital quanto no interior.
Além disso, o MPAM planeja equipar as promotorias do interior com antenas Starlink, uma tecnologia que promete melhorar a comunicação entre as unidades do interior e a sede do Ministério Público, especialmente nas regiões mais remotas.
Essa melhoria visa facilitar a troca de informações e garantir suporte mais eficiente às atividades nas áreas isoladas.
O procurador-geral ressaltou a importância de um monitoramento contínuo e preciso da qualidade do ar, que permitirá ações rápidas e informadas para proteger o meio ambiente e a saúde pública.
Ele também destacou a necessidade de esforços conjuntos e preventivos para lidar com as queimadas e a deterioração da qualidade do ar, especialmente em áreas vulneráveis às mudanças climáticas.
Freitas reforçou a urgência dessas ações e mencionou que as promotorias já estão mobilizadas para enfrentar os desafios impostos pelos eventos climáticos extremos, como as queimadas, com recomendações e providências imediatas sendo adotadas para mitigar os problemas.
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