O aumento significativo de queimadas no Amazonas tem afetado a qualidade do ar em várias cidades, incluindo Manaus. Contudo, na manhã desta sexta-feira (23), o céu da capital permanece “limpo”.
De acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) da Universidade do Estado do Amazonas, os níveis de poluição em Manaus são classificados como “bons”.
As partículas atmosféricas variam entre 15 e 23 micrômetros por metro cúbico (µg/m³). Esse valor está dentro da faixa aceitável para boa qualidade do ar, que é de 0 a 25 µg/m³.
Nesta semana, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) anunciou que disponibilizará sensores para avaliar a qualidade do ar.
Qualidade do ar nos municípios do AM
Por outro lado, o interior do estado enfrenta condições mais severas. Municípios como Anori e Novo Aripuanã têm níveis de poluição classificados como “péssimos”, com índices de 191 e 166 µg/m³, respectivamente.
Outros municípios com a qualidade do ar comprometida incluem:
- Manicoré, com 85 µg/m³ (classificação “muito ruim”);
- Beruri, com 50 µg/m³ (classificação “ruim”); e
- Anamã, com 50 µg/m³ (classificação “ruim”).
Queimadas no Amazonas
Nos últimos 20 dias, o Amazonas já ultrapassou a quantidade de queimadas registradas durante todo o mês de agosto do ano passado, conforme dados do Programa de BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Em agosto de 2023, contabilizaram-se 5.474 focos de calor. Já entre 1º e 20 de agosto de 2024, o total alcançou 5.489.
Atualmente, o estado lida com uma crise ambiental causada pelas queimadas, que impactam 22 dos 62 municípios. Em resposta, o governo estabeleceu uma proibição de 180 dias para queimadas e para o uso de técnicas de queima controlada.
Apesar das limitações, os focos de calor seguem em crescimento. Em julho, foram registrados 4.241 casos, o maior número em 26 anos, e quase 3 mil focos apenas nos primeiros dez dias de agosto. Essas queimadas têm causado ondas de fumaça que afetam a qualidade do ar.
Seca
Além disso, o Amazonas lida com uma seca severa, potencialmente tão grave quanto a do ano passado, que afeta cerca de 255 mil pessoas.
Dados do Inpe mostram que, em 20 dias, o estado teve 5.489 focos de calor, um aumento de 135% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 2.332 focos.
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