Manaus enfrenta mais uma vez uma forte fumaça que encobre todos os bairros da cidade. A “nuvem” de fumaça retornou, nesta terça-feira (27), e deixou o nível de qualidade do ar “péssimo”.
Imagens de drone da TV Norte Amazonas capturaram a densa névoa de fumaça que encobre o Teatro Amazonas e as proximidades da Praça São Sebastião, no Centro de Manaus.
O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) registrou o nível de qualidade “péssimo” em todas as zonas de Manaus. A categoria “péssimo” é a mais grave entre os cinco níveis da plataforma.
O único bairro que contabiliza, até o momento, nível “moderado” é Cachoerinha, na zona Sul de Manaus. Já o bairro Colônia Oliveira Machado concentra o maior nível de poluição da região, com 203 MP2,5.
Crise de poluição
Além de Manaus, vários municípios do Amazonas, enfrentam uma grave crise de poluição.
A região está encoberta por uma densa camada de fumaça, e os indicadores de qualidade do ar mostram níveis críticos.
O pneumologista Jesem Orellana, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alerta para os riscos à saúde causados pela situação.
Riscos à saúde
Orellana compara a falta de ação eficaz contra as queimadas, que geram a fumaça, à resposta inadequada durante a pandemia de Covid-19.
Ele descreve o Amazonas como um “laboratório a céu aberto” e um “palco de graves omissões e crimes”.
“Não esperem medidas como a distribuição de máscaras, suspensão de aulas ou restrições a atividades ao ar livre em meio à fumaça tóxica. Durante a pandemia de Covid-19, medidas mais rigorosas só foram adotadas tardiamente”, afirma Orellana.
Para enfrentar a crise de poluição, o especialista recomenda a utilização de máscaras ou respiradores (PFF2/N95) e sugere evitar áreas com alta circulação de veículos ou outras fontes de poluição.
Além disso, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) aconselha o uso de purificadores de ar com filtros HEPA e umidificadores para reduzir as partículas no ambiente interno.
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