As queimadas no Amazonas (AM) têm aumentado significativamente, o que prejudica a qualidade do ar em várias cidades. Contudo, nesta quinta-feira (29), a capital Manaus amanheceu sob uma fina camada de fumaça.
A qualidade do ar na cidade foi classificada entre “boa” e “moderada”, de acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) da Universidade do Estado do Amazonas.
Os índices de poluição variam entre 23 e 32 micrômetros por metro cúbico (µg/m³). A classificação “boa” corresponde a níveis entre 0 e 25 µg/m³, enquanto a qualidade do ar é considerada “moderada” entre 26 e 50 µg/m³.
Na última quarta-feira (28), Manaus registrou o segundo dia consecutivo com presença de fumaça no ar.
Qualidade do ar nos municípios do AM
A situação da qualidade do ar em diversas áreas do interior do Amazonas tem gerado grande preocupação, sobretudo com níveis de poluição que se encontram em patamares críticos.
Nos municípios de Lábrea, Humaitá e Apuí, os níveis de poluição atingiram 803, 484 e 346 µg/m³, respectivamente, superando amplamente o limite máximo da categoria “péssimo”, que vai de 126 a 160 µg/m³.
Além disso, outras cidades do AM também enfrentam sérios desafios em relação à qualidade do ar, como:
- Boca do Acre: 277 µg/m³ (“péssimo”);
- Manicoré: 188 µg/m³ (“péssimo”);
- Anori: 143 µg/m³ (“péssimo”);
- Eirunepé: 139 µg/m³ (“péssimo”);
- Itamarati: 134 µg/m³ (“péssimo”);
- Tefé: 131 µg/m³ (“péssimo”);
- Beruri: 129 µg/m³ (“péssimo”);
- Anamã: 121 µg/m³ (“muito ruim”);
- Uarini: 119 µg/m³ (“muito ruim”);
- Amaturá: 112 µg/m³ (“muito ruim”);
- Jutaí: 102 µg/m³ (“muito ruim”);
- Careiro Castanho: 97 µg/m³ (“muito ruim”);
- Caapiranga: 93 µg/m³ (“muito ruim”);
- Tonantins: 86 µg/m³ (“muito ruim”); e
- Borba: 64 µg/m³ (“ruim”).
Amazônia tem recorde de queimadas em 24 horas
Em apenas 24 horas, a Amazônia brasileira alcançou o recorde de queimadas do ano, conforme informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Durante o período entre 21h de terça-feira (27) e 20h59 de quarta-feira (28), registraram-se 2.433 focos de calor, com uma média superior a 100 por hora.
O número, aliás, supera o registrado no chamado “dia do fogo”, em 11 de agosto de 2019, quando foram contabilizados 2.366 focos.
Na ocasião, uma série de incêndios florestais ocorreu no município de Novo Progresso (PA), iniciando-se no dia anterior. No entanto, passados cinco anos, não houve punições relacionadas ao episódio.
Recentemente, satélites de monitoramento de incêndios identificaram uma vasta mancha de monóxido de carbono, sinalizando queimadas, com mais de 500 km de extensão.
A mancha foi detectada na Amazônia boliviana e, no Brasil, abrange os estados de Rondônia, Mato Grosso e Amazonas.
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