Todos os 62 municípios do Amazonas estão em situação de emergência devido à seca de 2024. A informação é do Boletim Estiagem, do Governo do Estado.
Mais de 77 mil famílias já foram afetadas pelos efeitos da seca. Além disso, muitos destes municípios sofrem também com a fumaça das queimadas, que frequentemente deixam a qualidade do ar em níveis nocivos à saúde.
Por conta do baixo índice de chuvas este ano, a expectativa dos especialistas é de que a seca seja ainda pior da que já foi histórica, em 2023.
Desde o início da vazente, ou seja, da diminuição do nível das águas, o rio Negro passou de 26,85 metros para 20,53 metros. Nesta mesma data, no ano passado, a medição indicava 24,05 metros.
Efeitos da seca são agravados com queimadas
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou um recorde de queimadas no Amazonas. Até sábado (24), foram 7 mil focos apenas em agosto, superando os números do mesmo mês em 2023.
Além disso, de junho até o dia 24, o Governo do Estado afirma que mais de 10 mil focos foram combatidos, com o agravante da subnotificação, ou seja, ainda há uma distância entre o que acontece e o que se combate.
Na última quarta-feira (28), o governador Wilson Lima anunciou medidas para mitigar os impactos ambientais e sociais causados pelas queimadas e seca extrema.
Como exemplo, está o envio de mais de 700 toneladas de alimentos e itens essenciais para higiene e saúde. Junto disso, está também a compra de aproximadamente 3,7 mil toneladas de alimentos da agricultura familiar de 56 dos 62 municípios.
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