Nas últimas semanas, as queimadas no Amazonas (AM) têm se intensificado, o que resulta na deterioração da qualidade do ar em várias cidades. Em Manaus, a manhã desta segunda-feira (2) começou com uma fina camada de fumaça cobrindo a cidade.
O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) da Universidade do Estado do Amazonas classificou a qualidade do ar na capital como “moderada” a “ruim”.
A concentração de poluentes no ar varia de 37 a 51 micrômetros por metro cúbico (µg/m³). A qualidade do ar é classificada como “moderada” quando os níveis estão entre 25 e 50 µg/m³ e “ruim” quando se situam entre 50 e 75 µg/m³.
Qualidade do ar em municípios do AM alcança níveis críticos
A qualidade do ar em diversas áreas do interior do Amazonas tem gerado grandes preocupações, devido aos altos níveis de poluição registrados.
As medições de poluentes em Lábrea, Humaitá e Apuí mostram concentrações de 652, 380 e 378 µg/m³, respectivamente. Esses valores estão bem acima do limite máximo da categoria “péssimo”, que é de 125 a 160 µg/m³.
Além disso, a poluição do ar é um problema importante em várias cidades do Amazonas:
- Manicoré: 202 µg/m³ (“péssimo”);
- Boca do Acre: 160 µg/m³ (“péssimo”);
- Caapiranga: 159 µg/m³ (“péssimo”);
- Eirunepé: 145 µg/m³ (“péssimo”);
- Itamarati: 115 µg/m³ (“muito ruim”);
- Careiro Castanho: 101 µg/m³ (“muito ruim”);
- Tapauá: 100 µg/m³ (“muito ruim”);
- Juruá: 98 µg/m³ (“muito ruim”);
- Anamã: 87 µg/m³ (“muito ruim”);
- Tefé: 85 µg/m³ (“muito ruim”);
- Anori: 78 µg/m³ (“muito ruim”);
- Atalaia do Norte: 63 µg/m³ (“ruim”);
- Beruri: 62 µg/m³ (“ruim”);
- Manaquiri: 59 µg/m³ (“ruim”);
- Tonantins: 56 µg/m³ (“ruim”);
- Borba: 53 µg/m³ (“ruim”); e
- Iranduba: 50 µg/m³ (“ruim”).
AM enfrenta o pior mês de agosto em 26 anos
De acordo com o programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas vivenciou o agosto mais crítico em termos de queimadas dos últimos 26 anos.
O Inpe divulgou que o Amazonas enfrentou 10.328 queimadas entre 1º e 31 de agosto, o que marcou o maior número desde o início do monitoramento de focos de calor na região, em 1998. O recorde anterior era de agosto de 2021, quando foram registrados 8.500 focos de calor.
Por fim, uma extensa área do Amazonas está coberta por uma mancha de fogo que se estende por quase 500 quilômetros, conforme imagens do satélite europeu Copernicus. O incêndio também impacta o Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e agora o Pará, criando um grande “cinturão de fogo”.
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