Ao tomar posse no cargo de corregedor nacional de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o amazonense Mauro Campbell Marques alertou sobre a situação das queimadas em todo o Brasil nesta terça-feira (3).
Campbell afirmou que vai implementar políticas públicas de apoio estrutural para a instrução de ações voltadas à prevaução, proteção e reposição dos biomas atingidos, priorizando decisões e julgamentos em temas que não afetem apenas essas, mas também para as futuras gerações.
“Como bem sabem sou nascido no Amazonas, na minha querida Manaus, e por ocasião da primeira grande estiagem que tivemos no Amazonas, o meu Boi Garantido, pela voz do cantor David Assayag, entoou pela primeira vez a toada ‘Lamento de Raça’, em cuja letra ‘o índio chorou, o branco chorou, todo mundo está chorando, amazônia está queimando, ai, ai, que dor, ai, ai, que horror, lá se vai a saracura, correndo dessa quentura, e não vai mais voltar’. E no mesmo rumo, que a onça-pintada e toda a bicharada, pra nunca mais voltar. Hoje, senhoras e senhores, a dor é maior.“, comentou Mauro Campbell.
Ele ainda completou: “É o Brasil que está queimando, e cá estou para, irmanado com juízas e juízes nacionais, apagar esses incêndios priorizando a sustentabilidade ambiental como profilaxia habitual de toda uma sociedade por todos os rincões deste País”.
Mauro Campbell quer usar tecnologia a favor do Judiciário
O corregedor nacional convidou o Ministério Público, Advocacia pública nacional, Ministério do Meio Ambiente e de Mudanças do Clima, Polícia Federal e as entidades civis atuantes na defesa ambiental para colaborarem como parceiros.
O amazonense pediu para que essa parceira ajudasse a abastecer informações sobre gargalos judiciais com objetivo de que o magistrado “decida ou julgue ações cíveis, criminais e administrativas sancionatórias com a celeridade e o rigor técnico que as consequências dessas tragédias impõem”.
Campbell frisou que vai dedicar atenção especial para ações judiciais que desejam resgardar ou reparar os direitos dos povos orginários, a fim de que tenham mais velocidade e produzam políticas públicas inclusivas, buscando a locução direta com os indígenas através de conversação linguística gerada por inteligência artificial (IA).
“(..) onde eles e nós possamos nos comunicar diretamente a exemplo do que já ocorre em outros países, permitindo que aprendamos mais sobre suas realidades e culturas e permitindo, também, robustez técnica às decisões sobre o máximo atributo delas que é o de gerar paz social para todos, porém, iniciando pela proteção aos mais vulneráveis e induzindo, ao Estado Brasileiro, que provenha meios de subsistência compatíveis com suas culturas e tradições”, afirmou Campbell.
Além disso, o corregedor nacional declarou que sua gestão será focada também a apoiar todos os projetos que melhorem a prestação jurisdicional, ajudando o Conselho Nacional de Justiça a adicionar ferramentas tecnológicas nos tribunais e cartórios extrajudiciais.
Ele destacou a importância de ter parceirias no setor privado para garantir a eficiência na resolução de conflitos judiciais e extrajudicias, principalmente para as pessoas mais vulneráveis economicamente.
“Esta tarefa já está bem encaminhada por este Conselho Nacional e venho, também, para somar esforços à consecução dessa meta”, revelou Campbell sobre o uso de tecnologias no Judiciário.
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