Manaus amanheceu, nesta quarta-feira (18), coberta por uma fina camada de fumaça, o que fez o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) classificar a qualidade do ar entre “moderada” e “ruim”. Os níveis de poluição atmosférica na capital variam de 35 a 71 micrômetros por metro cúbico (µg/m³).
A categoria “moderada” se aplica a concentrações entre 25 e 50 µg/m³, enquanto a qualidade do ar é considerada “ruim” quando os níveis ficam entre 50 e 75 µg/m³.
Em resposta à crise provocada pelas queimadas, o Ministério da Saúde mobilizou a Força Nacional do SUS, que enviará equipes ao Acre, Amazonas e Rondônia ainda nesta semana para auxiliar na avaliação e no apoio às autoridades locais.
Situação crítica da qualidade do ar nos municípios
Relatórios recentes do SELVA indicam uma grave deterioração da qualidade do ar em diversas cidades do Amazonas, além de Manaus. Em algumas localidades, os níveis de poluição superam os limites da categoria “péssimo” (entre 125 e 160 µg/m³). Os municípios mais afetados são:
- Lábrea: 584 µg/m³;
- Careiro Castanho: 424 µg/m³;
- Pauini: 402 µg/m³;
- Boca do Acre: 363 µg/m³;
- Humaitá: 279 µg/m³;
- Eirunepé: 226 µg/m³;
- Apuí: 191 µg/m³; e
- Manacapuru: 170 µg/m³.
Ademais, outras cidades também registram níveis elevados de poluição, como:
- Iranduba: 105 µg/m³ (“muito ruim”);
- Novo Aripuanã: 99 µg/m³ (“muito ruim”);
- Anori: 67 µg/m³ (“ruim”);
- Manaquiri: 57 µg/m³ (“ruim”);
- Tefé: 53 µg/m³ (“ruim”); e
- Nova Olinda do Norte: 52 µg/m³ (“ruim”).
AM atinge segundo maior número de queimadas em 27 anos
O estado do Amazonas contabilizou 19.996 focos de calor até a última terça-feira (17), o segundo maior número de queimadas registrado nos últimos 27 anos, desde que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou o monitoramento por satélite em 1998.
A marca supera os 19.604 focos de 2023 e fica atrás apenas do recorde de 2022, quando foram registradas 21.217 queimadas.
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