A seca mais grave do rio Madeira em 57 anos fez da BR-319 a única via comercial ligando Amazonas, Roraima e Rondônia ao restante do Brasil.
O tráfego intenso na rodovia, com trechos sem pavimentação adequada, já causa congestionamentos que chegam a 5 km em um percurso de 400 km.
Conforme o caminhoneiro Nilton Barroncas, a situação é “vergonhosa e ridícula”. Ele destaca que a implantação da balsa como solução paliativa para a falta de pontes não é o suficiente.
“É vergonhoso e ridículo o tratamento que os caminhoneiros e brasileiros recebem naquela travessia do Igapó Açu. Alguns caminheiros chegam a ficar ali até 3 dias esperando atravessar. Sem contar nos perigos de que a carreta não consegue subir sem a ajuda dos tratores. Alimentos estragando e outras coisas. Falar que a balsa ajuda é brincadeira”, afirma Nilton.
Problemas na BR-319
A falta de pontes, que caíram há dois anos, e os constantes atoleiros dificultam ainda mais a passagem. As balsas que cruzam os rios da região estão operando com problemas devido à pouca profundidade dos canais.
Caminhões transportando alimentos, água, gás e combustíveis percorrem mais de 800 km entre Porto Velho e Manaus. Nos rios Curuçá e Autaz-Mirim, onde as pontes desabaram em 2022, as balsas enfrentam dificuldades operacionais.
Outro ponto de gargalo é o porto do Ceasa, em Manaus, onde obras na rampa de embarque causam filas na área industrial.
Nos trechos pavimentados até Careiro Castanho, equipes trabalham na manutenção dos km 129 e 145, enquanto carretas aguardam no Careiro da Várzea para embarcar rumo a Manaus.
Em um grupo de WhatsApp da Associação dos Amigos e Defensores da BR-319, um trabalhador apela por paciência e respeito ao bloqueio temporário necessário para a aplicação de cimento na rodovia.
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