Áudios vazados mostram que secretários do Governo do Amazonas usaram a máquina do governo para garantir a vitória da candidata Brena Dianná na eleição para a Prefeitura de Parintins.
O material revela ações que vão desde escutas telefônicas ilegais até a simulação de prisões, além de mobilizar um contingente da Polícia Militar do Pará para influenciar o pleito.
As gravações, enviadas anonimamente à coligação “Parintins em Primeiro Lugar”, liderada por Mateus Assayag (PSD), expõem as estratégias ilegais articuladas pelo grupo.
Entre as ações tramadas estão operações policiais contra aliados do atual prefeito de Parintins, Bi Garcia, grampos em telefones e a convocação de policiais de Itaituba, no Pará, para atuar em colégios eleitorais no dia da votação.
Também foi relatada a simulação de prisões de traficantes e ladrões de banco, além da coação de empresários que fornecem para a prefeitura. Um caso recente envolveu a servidora Rita Maria, mãe da candidata a vice-prefeita de Mateus Assayag, que foi abordada por policiais armados sem mandado judicial.
Escutas Ilegais e Milícias
O vídeo também revela que, desde junho, o grupo ligado ao Executivo Estadual tem promovido escutas ilegais, clonando telefones de pessoas próximas ao prefeito Bi Garcia.
Segundo o tenente-coronel Francisco Magno Judss, as escutas foram realizadas no Liceu de Artes e Ofícios de Parintins, e um dos alvos foi um funcionário apelidado de “Cearazinho”.
O grupo ainda trouxe criminosos do Pará e de Parintins para simularem prisões, a fim de justificar a presença de tropas de choque no município.
Além disso, auditores fiscais da Secretaria da Fazenda, com base em Manaus, foram mobilizados para realizar auditorias em empresários que não apoiaram a campanha de Brena Dianná.
O grupo também planeja trazer 20 policiais de Itaituba no dia da eleição para atuar nas zonas rurais de Parintins, com o objetivo de intimidar eleitores.
Os advogados da coligação “Parintins em Primeiro Lugar” já encaminharam o vídeo à Polícia Federal, pedindo a prisão dos envolvidos e o envio de Forças Federais à cidade para garantir a segurança do pleito. Eles também denunciaram o uso de cestas básicas destinadas às vítimas da estiagem para compra de votos.
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