Uma suposta tentativa ilícita de beneficiar Brena Dianná (União Brasil) nas eleições em Parintins levou à abertura de um Inquérito Civil. A investigação foi instaurada, nesta terça-feira (1º), pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM).
A medida vem após divulgarem um vídeo, onde secretários estaduais e policiais militares supostamente planejavam ações irregulares para beneficiá-la. Na corrida eleitoral de 2024, a candidata disputa a prefeitura de Parintins.
O MPAM destacou a necessidade de investigar aspectos de improbidade administrativa e questões relacionadas à segurança pública, centrando-se nas ações dos indivíduos identificados nas gravações.
O despacho enfatiza que os envolvidos demonstraram condutas de “manipulação”, com direcionamentos do aparato de segurança pública. Além disso, identificaram diálogos que sugerem a aplicação de força policial contra eleitores.
Saiba mais sobre inquérito e envolvidos
A ª Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública (Proceapsp) instaurou o procedimento com base nas imagens e declarações contidas no material audiovisual.
Na reunião, identificaram a presença das seguintes pessoas: Armando Silva do Vale, presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) e pelo menos três secretários de Estado, incluindo Fabrício Rogério Cyrino Barbosa (Sead), Flávio Antony (Casa Civil) e Marcos Apolo Muniz de Araújo (Cultura e Economia Criativa).
Além disso, os diálogos sugerem uma coordenação com o coronel PM Francisco Magno Judiss, ex-comandante do 11° Batalhão da PMAM de Parintins. A atuação seria na coerção ou coação de eleitores.
Diante do caso, encaminharam os autos à Procuradoria-Geral da República, a fim de que adotassem as medidas pertinentes, visto que envolve três secretários de Estado e uma possível tentativa de beneficiar a candidata.
Eleições em Parintins: relembre caso de reunião ilegal
As gravações indicam ações ilegais, como escutas telefônicas, simulação de prisões e mobilização de policiais militares do Pará para influenciar o pleito. Além disso, entre as estratégias ilegais, destacam-se operações policiais contra aliados do atual prefeito Bi Garcia, além de grampos e abordagens a fornecedores da prefeitura.
Um caso notório envolveu a servidora Rita Maria, mãe da candidata a vice-prefeita, abordada por policiais armados sem mandado.
O grupo também clonou telefones de pessoas próximas a Bi Garcia, realizando escutas ilegais, e planejou trazer 20 policiais de Itaituba para intimidar eleitores nas zonas rurais de Parintins no dia da eleição.