O Amazonas registrou o primeiro caso de dengue tipo 3 em mais de uma década. O anúncio foi feito no último boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), divulgado na semana passada.
O último surto da dengue tipo 3 no Amazonas ocorreu entre 2002 e 2009. Desde então, não havia mais registros desse sorotipo no estado.
O novo caso reacende o alerta para o combate à doença, especialmente em 2024, que já apresenta um aumento significativo de casos. De janeiro a 26 de setembro de 2024, foram confirmados 6.191 casos de dengue no Estado, um aumento de 67,9% em relação ao mesmo período de 2023.
Os dados foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (LACEN-AM), evidenciando a gravidade da situação.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, reforçou a necessidade de intensificar as medidas preventivas, principalmente para aqueles que já contraíram algum sorotipo do vírus. A reinfecção com outro tipo da dengue aumenta o risco de casos graves.
Sorotipos da dengue e riscos
A dengue possui quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Todos eles podem provocar tanto a forma clássica da doença quanto complicações graves, como dengue hemorrágica e falência de múltiplos órgãos.
Após contrair um tipo do vírus, o corpo desenvolve imunidade específica a ele. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, a reinfecção por um sorotipo diferente tende a ser mais severa, independentemente da ordem.
Entre os quatro, os sorotipos DENV-2 e DENV-3 são considerados mais virulentos, aumentando o risco de dengue hemorrágica.