Após registrar a pior seca da história, com um nível de 12,11 metros, o Rio Negro teve uma elevação de 3 centímetros nas últimas 24 horas, atingindo 12,16 metros.
Desde a última quinta-feira (10), não houve novos recuos, e por três dias consecutivos o nível permaneceu estável. No último domingo, a cota subiu 1 cm, e manteve o mesmo valor na segunda-feira (14).
A medição mais recente, realizada na manhã desta terça-feira (15), indicou um aumento de 3 cm. O porto de Manaus confirmou a cota atual de 12,16 m.
As autoridades esperam que o rio não enfrente repiquete, quando há elevação seguida de queda, e que as chuvas sinalizem o fim da estiagem no estado.
Seca histórica do Rio Negro
Antes do atual recorde, de 2024, considerava-se a pior seca dos rios amazônicos a de 2023. No ano passado, o Rio Negro chegou a 12,70 metros no dia 26 de outubro. Por outro lado, na atual seca, o recorde foi quebrado com muitos dias de antecedência, no dia 4 de outubro.
Cinco dias depois, as águas escuras desceram até atingir a pior marca da história, os 12,11 metros. Apesar do cenário crítico de estiagem, tudo indica que a recuperação em 2024 seja mais rápida do que em 2023.
Estiagem nos rios da Amazônia
A região Norte do Brasil enfrenta uma seca extrema que causa danos significativos à fauna e à flora. Um caso em Santarém, no Oeste do Pará, exemplifica os impactos das vazantes históricas na região amazônica.
A vitória-régia, um símbolo do bioma, está entre as vítimas, com exemplares aparecendo secos ou mortos nos leitos. No canal do lago Jari, em Alter do Chão, as plantas aquáticas encontradas mortas criam um cenário cinza e refletem a gravidade da estiagem.