A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) anunciou neste sábado (19) que a situação das balsas no Porto da Ceasa, na zona sul de Manaus, está resolvida.
De acordo com a agência, a travessia entre Manaus e o município de Careiro da Várzea retornou a normalização.
A operação de nove balsas e a ativação de três pontos simultâneos de embarque e desembarque reduziu as filas que os frequentadores do porto enfrentam.
Além disso, a ANTAQ também implementou melhorias na travessia do Igapó Açú, uma rota essencial para a região.
A crise no transporte aquaviário se dá pela queda expressiva no nível das águas do Rio Amazonas. Portanto, a situação causa impacto na logística na BR-319, rota de mercadorias e transporte de passageiros entre Manaus e outras regiões do estado.
Ações emergenciais
Com este cenário, a ANTAQ autorizou, no dia 12 de outubro, o aluguel das balsas para reforçar a ligação entre Manaus e Careiro da Várzea.
Assim, espera-se que há a redução de filas que se estendem por até 2 km no Porto do Ceasa. Contudo, a operação, com validade inicial de 180 dias, poderá ser prorrogada caso as condições não melhorem.
No entanto, a agência esclarece que o processo ainda precisa ser formalizado junto à empresa interessada.
Logo, a operação será regulamentada conforme critérios técnicos e operacionais estabelecidos para garantir a eficiência do serviço.
Problemas enfrentados no Porto da CEASA
O impacto da seca causa grandes problemas nos atracadouros do porto. Nele, veículos pesados frequentemente atolam ou apresentam problemas mecânicos, o que tem tornado a travessia mais lenta.
As balsas, que operam entre 4h e 20h, agora estão sujeitas a atrasos devido ao aumento no número de veículos, prolongando as operações até a madrugada.
Além disso, motoristas relataram ainda um aumento na tarifa de travessia, que subiu de R$ 200 para R$ 220.
Seca histórica e desafios na BR-319
Ademais, a grave seca no Rio Madeira, a pior em 57 anos, fez da BR-319 a única via terrestre que conecta os estados do Amazonas, Roraima e Rondônia ao restante do Brasil.
Entretanto, o tráfego intenso e a falta de pavimentação em trechos críticos está gerando congestionamentos que chegam a até 5 km em uma extensão de 400 km da rodovia.
Por fim, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a necessidade de um estudo ambiental e estratégico detalhado antes de prosseguir com as obras de pavimentação da BR-319.
De acordo com ela, a abertura da estrada sem uma análise adequada pode agravar os problemas ambientais na região.