Nesta segunda-feira (21) o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) lançou a campanha Radiologia Solidária, que possui como objetivo ofertar exames gratuitos para investigar câncer de mama para mulheres de baixa renda em todo o país.
Conforme o CBR, a previsão é que mais de 50 clínicas de imagem e instituições de saúde ofereçam esse tipo de atendimento até dezembro. Cada clínica aderiu a uma das três modalidades disponíveis na campanha: ouro, prata e bronze, conforme o tipo e o volume de exames a serem disponibilizados.
Sobre os exames gratuitos
Divididos em categorias como: Ouro, prata e bronze.
Na categoria ouro serão disponibilizadas mais de 50 mamografias e/ou tomossínteses (equipamento semelhante ao mamógrafo) e mais de 20 ultrassonografias e/ou biópsias de mama);
Categoria prata serão disponibilizadas de 20 a 50 mamografias e/ou de 10 a 20 ultrassonografias;
Categoria bronze serão disponibilizadas até 20 mamografias e/ou tomossínteses e 10 ultrassonografias.
Segundo CBR a incidência de câncer de mama tem aumentado em todo o mundo. A cada ano, mais de 2 milhões de mulheres são diagnosticadas com a doença. Somente no Brasil, ao longo de 2024, a estimativa é que quase 74 mil novos casos sejam registrados, com maior prevalência entre mulheres jovens, com menos de 50 anos.
A maior parte das clínicas fica na Região Sudeste (28 instituições participantes), seguida pelo Sul, com sete clínicas participantes; pelas regiões Centro-Oeste e Nordeste, ambas com seis clínicas participantes; e pelo Norte, com três instituições participantes. Minas Gerais e São Paulo se destacam entre os estados, com 14 e nove clínicas, respectivamente.
Como diagnosticar o câncer de mama
O diagnóstico precoce do câncer de mama é essencial para aumentar as chances de cura e tratamentos menos agressivos. O processo de detecção envolve diferentes etapas, que podem incluir tanto autoexames quanto exames clínicos realizados por profissionais de saúde.
Veja a seguir os principais métodos de diagnóstico:
- Autoexame das mamas : Embora o autoexame não seja suficiente para um diagnóstico formal, ele permite que a mulher conheça melhor seu corpo e mudanças identificáveis naturais, como nódulos ou alterações na forma e textura das mamas . É recomendado realizá-lo mensalmente.
- Exame clínico das mamas : Esse exame é feito por um médico, geralmente um ginecologista ou mastologista. O profissional realiza a palpação das mamas para verificar se há presença de nódulos ou outras anormalidades.
- Mamografia : Este é o principal exame de rastreamento para o câncer de mama. A mamografia é uma radiografia das mamas que pode detectar tumores mesmo antes de serem palpáveis. Mulheres a partir de 50 anos devem realizar esse exame periodicamente, ou antes, dependendo dos fatores de risco individuais.
- Ultrassonografia mamária : Esse exame é complementar à mamografia e é indicado principalmente para mulheres com mamas densas , que podem dificultar a visualização de nódulos na mamografia. Ele utiliza ondas sonoras para formar imagens das estruturas internas da mãe.
- Ressonância magnética (RM) : A RM é recomendada para mulheres com alto risco de câncer de mama , como aquelas com histórico familiar da doença. Ela oferece imagens mais projetadas, ajudando a identificar alterações que possam passar despercebidas em outros exames.
- Biópsia : Caso seja identificada uma suspeita, o médico pode solicitar uma biópsia . Nesse procedimento, é retirada uma pequena amostra do tecido mamário para análise laboratorial, que confirmará se há presença de células cancerígenas.
Outubro rosa: quais são os fatores de risco do câncer de mama?
Durante esse período, muito se fala sobre a importância dos exames de rotina, como a mamografia, mas é igualmente crucial entender os fatores de risco do câncer de mama. Eles desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença, e conhecê-los pode ajudar a tomar medidas preventivas.