Uma mulher de 21 anos foi presa em flagrante na última terça-feira (22) em Boca do Acre, no Amazonas, após confessar ter afogado seu filho recém-nascido em uma banheira. O caso foi descoberto depois que a equipe médica, que havia atendido a mulher no hospital, notou irregularidades e decidiu investigar.

Segundo o delegado Gustavo Kallil, da 61ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), a jovem deu à luz na segunda-feira (21). No dia seguinte, ao ser questionada pela equipe médica que havia realizado o parto, ela negou ter tido o bebê e afirmou que sua visita ao hospital havia sido apenas para receber soro.

A equipe de saúde, desconfiada, foi até a casa da jovem para esclarecer a situação, já que ela não havia realizado o pré-natal e sua gravidez não havia sido acompanhada por nenhum profissional. Durante a visita, os médicos encontraram o bebê sem vida, o que levou à confissão da mãe.

Após matar o bebê, a mãe enterrou o corpo em uma cova – Foto: Reprodução

O delegado explicou que exames feitos no hospital constataram que a mulher era portadora de uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), que possivelmente também afetou o recém-nascido. Após ser notificada sobre o resultado dos exames, a mulher deixou o hospital sem autorização e foi encontrada em sua residência, onde confessou o crime.

De acordo com o relato de Kallil, a mulher admitiu ter afogado o bebê em uma banheira. A polícia foi acionada e a prisão em flagrante foi realizada. A jovem será encaminhada à Justiça e responderá pelo crime de homicídio.

Investigações

O delegado também mencionou que foi solicitada uma avaliação psicológica para determinar se o crime poderia estar relacionado ao estado puerperal, o que poderia caracterizar infanticídio.

Contudo, as evidências apontam para a premeditação, pois a mãe não demonstrou nenhum sinal de sofrimento, remorso ou culpa durante o interrogatório. Além disso, a psicóloga envolvida no caso relatou que a jovem estava consciente e lúcida no momento da confissão.

A gravidez era desconhecida tanto pela família quanto pelo pai do bebê, pois a mulher não havia compartilhado informações sobre a gestação com ninguém. A jovem permanece à disposição da Justiça e será formalmente acusada pelo crime de homicídio.