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Corpo de amazonense encontrada morta em SP é enterrado em Rio Preto da Eva

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Velório de Clícia emocionou familiares e amigos - Foto: Reprodução

O corpo de Clisia Lima da Silva, 35 anos, amazonense encontrada morta em São Paulo, vítima de feminicídio, foi sepultado neste domingo (3) em Rio Preto da Eva, a 57 quilômetros de Manaus.

O velório emocionou amigos e familiares, que lamentaram a perda. Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, a irmã de Clisia, Carla Lima, destacou a gravidade da situação.

A amazonense foi encontrada morta na manhã da última quarta-feira (30), com os pés e mãos amarrados, no Rio Jaguari, em Piracaia (SP), sob uma ponte de 20 metros de altura.

Conforme Carla, Edson iniciou a violência doméstica quebrando um celular por ciúmes, bloqueando o contato com familiares e intensificando as agressões contra Clisia. Segundo a Polícia Civil de São Paulo (PCSP), a vítima sofreu politraumatismo craniano e na coluna, causado por um forte golpe.

Na quinta-feira (31), Edson Sales, principal suspeito do crime, foi preso preventivamente por policiais civis da Seccional de Bragança Paulista, em cumprimento a um mandado de prisão. Ele deve permanecer detido por 30 dias enquanto as investigações prosseguem.

Vítima sofria agressão

A delegada Joyce Coelho, responsável pela Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais do Amazonas (Deaai), divulgou no sábado (2) mensagens trocadas entre Clisia Lima da Silva e pessoas próximas, revelando um cenário de ameaças e agressões por parte do namorado antes de sua morte em São Paulo.

Residente na cidade há cerca de dois meses, Clisia relatou dificuldades de adaptação, humilhações e uma tentativa de agressão. Em uma mensagem, enviada às 19h22, ela desabafa que disse ao namorado que “não ia acostumar” com a nova vida na capital paulista.

Em outra conversa, sem data específica, ela menciona que Edson Cardoso “chorou e disse que se arrependeu” da mudança.

Em uma conversa registrada às 11h30, Clisia afirma que denunciou o namorado e que planeja retornar ao Amazonas “no domingo”, sem data exata confirmada para o diálogo. A pessoa com quem conversa, cuja identidade não foi revelada, pergunta o que ocorreu, e Clisia relata ter sido agredida por Edson, informando que estava “na Delegacia”.

A pessoa então a aconselha a se afastar do agressor, alertando que, caso contrário, ela “vai morrer”, ao que Clisia responde: “Isso mesmo”. Na sequência, Clisia informa que pretende se abrigar na casa de uma mulher identificada apenas como Fabíola: “Vou para a Fabíola”, conclui.

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