Em Manaus, a pior seca do Rio Negro em 121 anos tem revelado paisagens incomuns, como um largo campo com gramado que se estende pelas margens, do outro lado da ponte do rio Negro.
O fenômeno tem atraído a atenção dos manauaras e curiosos, que visitam o local para testemunhar a paisagem que se formou com a estiagem histórica.
A seca extrema expôs vastas áreas de terra e vegetação que antes estavam submersas, transformando a paisagem da cidade e atraindo a curiosidade de moradores e visitantes.
O fenômeno tem gerado um misto de preocupação e admiração. Isso porque a queda recorde no nível do rio afeta diretamente a vida de muitas famílias que dependem do ciclo das águas para a pesca e transporte.
Entretanto, a curiosidade de quem deseja ver de perto o impacto dessa seca também tem sido um fenômeno por si só. Várias pessoas tem se dirigido até as margens do Rio Negro para observar as marcas deixadas pela maior seca já registrada na história da região.
O local que agora apresenta uma extensa área de gramado, já virou cenário de fotos e vídeos nas redes sociais. Enquanto o rio não volta a sua normalidade, muitas pessoas tem visitado a região.
Seca histórica
Entre os dias 9 e 12 de outubro, o nível do Rio Negro atingiu sua cota mais baixa em mais de um século, com 12,11 metros registrados no Porto de Manaus, conforme as medições de precisão.
Após esse período, o nível começou a subir gradualmente, alcançando 12,5 metros no dia 13 de outubro. Contudo, o alívio foi temporário, e desde o dia 24 do mês passado, o nível do rio voltou a baixar.
Na manhã de segunda-feira (4), o Rio Negro registrou uma nova queda, atingindo 12,17 metros. Para efeito de comparação, no início de setembro, o nível do rio estava mais alto, com 19,01 metros.
Por enquanto, a população continua acompanhando as consequências da seca do rio Negro com uma mistura de apreensão e surpresa, como no caso do gramado.