Na última quinta-feira (7), seis casais LGBT+ celebraram um casamento coletivo no Centro de Detenção Feminino, localizado na BR-174, em Manaus, Amazonas.

O Tribunal de Justiça do Amazonas oficializou a união civil com o apoio de instituições parceiras, além da presença de familiares dos noivos.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Advocacia Voluntária (NAV) e do TJAM, Danielle Perasa, o evento foi o primeiro casamento coletivo de pessoas vulneráveis no Centro de Detenção Feminina.

Além disso, a realização do Casamento Coletivo LGBT+ na unidade prisional do Amazonas tinha como objetivo promover a cidadania e fortalecer os vínculos familiares das reeducandas.

Por fim, os noivos e as noivas da cerimônia relataram sobre a experiência. “Estou tremendo de nervoso. É o dia mais especial da minha vida. Nós nos conhecemos lá fora e nos reencontramos novamente aqui no presídio. Quero estar com ela toda a vida”, disse um dos noivos, antes do matrimônio.

“Eu sempre quis me casar. E hoje chegou o dia, com essa pessoa que eu amo”, falou uma das noivas.

Casamento coletivo LGBT+

Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a Resolução n°175, que autorizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Portanto, esta resolução garantiu que todos os cartórios do país habilitassem ou convertessem uniões estáveis em casamentos civis para casais homoafetivos.

Para a Justiça do Amazonas, “o projeto de casamento coletivo LGBTQIAPN+ é uma iniciativa que promove a formalização gratuita da união civil de casais LGBTQIAPN+ na região, como forma de incentivar a inclusão social e garantir direitos civis e igualitários”.

Em parceria com a Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas (CGJ-AM) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AM), o projeto busca oferecer um espaço de visibilidade e reconhecimento, além de isentar os casais dos custos de cartório envolvidos no processo.