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Peixes do rio Madeira estão altamente contaminados por mercúrio, aponta estudo

peixes do rio Madeira contaminados

O estudo analisou peixes comuns na alimentação local, como o jaraqui, que apresentou níveis de mercúrio alarmantes, quase o dobro do limite seguro - Foto: AFP/Ezequiel Becerra

Um estudo divulgado nesta quarta-feira (13) revelou que os peixes do Rio Madeira apresentam altos níveis de contaminação por mercúrio, elevando o alerta para os riscos à saúde pública.

A Universidade Estadual do Amazonas (UEA), em colaboração com a Universidade de Harvard, conduziu a pesquisa, que integra o Programa de Monitoramento de Água, Ar e Solos do Estado do Amazonas (ProQAS/AM) e é coordenada pelo professor Sérgio Duvoisin Junior.

O estudo analisou peixes comuns na alimentação local, como o jaraqui, que apresentou níveis de mercúrio alarmantes, quase o dobro do limite seguro.

De acordo com o professor Duvoisin, peixes não predadores devem ter até 0,5 mg de mercúrio por quilo, enquanto predadores podem ter até 1 mg. No entanto, os níveis encontrados no jaraqui superaram esses limites, indicando sérios riscos para os consumidores.

Em resumo, os peixes mais consumidos do rio Madeira apresentaram níveis preocupantes de contaminação.

Qualidade da água

Além dessa análise, uma expedição realizada em setembro no rio Negro examinou 164 parâmetros da qualidade da água.

Os resultados foram positivos, mostrando que, mesmo durante a grande seca na região, a qualidade da água no rio Negro se manteve em condições saudáveis.

Esses dados serão importantes para orientar ações futuras de gestão ambiental e garantir a segurança da biodiversidade aquática e das populações ribeirinhas.

Expedições estão planejadas para os próximos três anos, com o objetivo de consolidar o monitoramento dos níveis de mercúrio e intensificar as medidas de conservação.

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