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Empresário alemão que abusou sexualmente de criança indígena será julgado na Alemanha

Empresário alemão que abusou sexualmente de criança será julgado

O homem já havia sido condenado a 30 anos de prisão pela Justiça do Amazonas, mas fugiu para a Alemanha - Foto: Reprodução

O empresário alemão Wolfgang Brog, de 75 anos, será julgado na Alemanha por abusar sexualmente de uma adolescente indígena em Novo Airão, no Amazonas.

O homem já havia sido condenado a 30 anos de prisão pela Justiça do Amazonas. Proferida em junho deste ano, a sentença também determinava a prisão imediata do homem. Contudo, ele fugiu para a Alemanha.

Após algum tempo, as autoridades alemãs acolheram a denúncia e julgarão o acusado a partir da próxima quinta-feira (21).

O governo da Alemanha custeará as passagens do advogado e da vítima para acompanharem o momento em que o alemão acusado de abusos sexuais será julgado.

A mãe da menina, condenada a 14 anos de reclusão por obrigar a filha a continuar mantendo relações com o homem, permanece presa em Manaus. Além dela, a tia e o irmão da vítima acabaram sentenciados a sete anos e seis meses de prisão por favorecimento à prostituição.

Crime

O alemão começou os abusos quando a adolescente tinha 6 anos e morava com o empresário e a tia em Novo Airão. Ao completar 12 anos, o homem passou a estuprá-la.

De acordo com a denúncia formulada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), a vítima conheceu a mãe biológica aos 13 anos e passou a morar com ela em Manaus.

Ao saber dos abusos, a mãe resolveu se aproveitar da situação e propôs ao empresário que lhe fizesse pagamentos em dinheiro pelo silêncio. Além de viabilizar a continuação dos abusos, o que aconteceu a partir de 2021 até 2023.

Ainda segundo a denúncia, no mesmo período de 2021 a 2023, a mãe obrigava a vítima a manter relações sexuais com outros homens, para conseguir dinheiro. A mãe, com a ajuda do irmão, a agrediam para que fosse aos encontros.

Por fim, a vítima, com a ajuda de uma tia paterna, resolveu denunciar os abusos na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente assim que completou 15 anos. A partir da denúncia, os abusos cessaram.

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