“O Alex está sendo vítima de uma perseguição política. No processo eleitoral, ele denunciou diversos agentes públicos que tiveram ações incompatíveis para com o estado democrático de direito”, declarou a advogada Catharina Estrella, que representa o jornalista Alex Braga, com exclusividade a TV Norte Amazonas nesta segunda-feira (18).

A advogada de Alex Braga, alvo de um mandado de prisão temporária cumprido pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), declarou que o jornalista está sendo vítima de perseguição, em Manaus.

Braga foi alvo de um mandado de prisão temporária após ser acusado de estupro, aborto, perseguição e violência psicológica contra uma mulher de 28 anos.

No entanto, a defesa de Braga argumenta que não há justificativa para a prisão, já que, conforme a advogada, “faz mais de um ano e meio que Alex não tinha contato com essa pessoa”, e não havia qualquer motivo para a detenção.

A defensora também relatou que, na ocasião da prisão, uma equipe da CORE (Coordenação de Recursos Especiais) esteve presente, armada, e que Alex foi algemado sem necessidade.

Preso no dia 12 de novembro, no bairro Tarumã, o jornalista é acusado de estupro e de coagir a prima de sua ex-esposa a realizar um aborto sob ameaças.

Perseguição política

A advogada classificou a prisão de Alex Braga como uma retaliação política devido às denúncias que o jornalista fez contra agentes públicos durante o período eleitoral em Manaus.

“Ele está em risco e já sofreu ameaças. Nos últimos anos ele vem denunciando agentes públicos com grande influencia, então é algo muito sério o que está acontecendo. É uma perseguição política”, declarou a advogada.

Estrella também destacou que, após a prisão preventiva ser indeferida, o juiz deferiu uma prisão temporária, mas houve omissão de informações cruciais durante o processo.

“O caso Alex Braga precisa ser visto com todas as denúncias de agentes públicos que ele fez. Mas é fato que hoje é uma perseguição política contra alguém que teve coragem de expor o que estava acontecendo no estado do Amazonas”, afirmou a advogada, reforçando que o jornalista está sendo alvo de represálias.

Além disso, a advogada mencionou que o Ministério Público já pediu a apuração de prevaricação por parte da delegada da Delegacia da Mulher, devido a vazamentos de informações e condutas inadequadas no caso.

O caso segue sob investigação, com a defesa de Braga apontando que ele está sendo injustamente alvo de uma perseguição motivada por suas denúncias contra a corrupção no Amazonas.