A escola de Jiu Jitsu White House se pronunciou nesta segunda-feira (25) sobre a prisão do professor de Alcenor Alves Soeiro, de 56 anos, suspeito de abusar e explorar sexualmente de seus alunos. O suspeito fazia parte do quadro de professores e sócios.
Por meio de nota nas redes sociais, a academia informou que está tomando todas as providências cabíveis.
“Ao tomar conhecimento das investigações no momento do cumprimento de mandado de prisão do Professor Alcenor Alves, a academia White House passou a tomar todas as medidas cabíveis afim de colaborar com as investigações”, diz a nota.
A escola informou ainda que deu início ao procedimento para exclusão do Alcenor Alves do quadro societário e do quadro de professores da escola.
Escola White House
Além disso, a academia reforçou que “não compactua com nenhum ato que atente contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes e muito menos que venham a manchar a história do jiu-jitsu na cidade de Manaus”.
Conforme a nota, após a prisão do professor de Jiu Jitsu pelos crimes mencionados, a escola tem prestado apoio psicológico e jurídico as vítimas.
“Reafirmamos que estamos em atividade desde 03/2017 e sempre pautamos pelos pilares e princípios do jiu-jitsu, a nossa escola é referência no ensino da formação de campeões e nunca fomos alvo de denúncias sobre qualquer fato que venham denegrir ou ameaçar a integridade das pessoas”, diz a escola.
Federação de Jiu Jitsu
A Federação Amazonense de Jiu Jitsu Profissional (FAJJPRO) também se pronunciou sobre o ocorrido por meio das redes sociais e expressou seu ‘repúdio diante das graves denúncias de crimes sexuais contra crianças da comunidade’.
Em nota, a entidade reafirma o compromisso com a proteção dos alunos, que representam a base e o futuro do esporte.
“Reiteramos nosso compromisso de promover um ambiente seguro e ético para todos os praticantes de Jiu Jitsu”, declarou.
O caso
A polícia prendeu o professor de jiu-jítsu Alcenor Alves Soeiro, de 56 anos, suspeito de abusar e explorar sexualmente de seus alunos. A prisão ocorreu na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Os abusos eram praticados durante as viagens para disputa de campeonatos e na casa do investigado, onde o autor dopava as vítimas para consumar os delitos.
Além disso, o indivíduo costumava presentear os atletas com roupas e equipamentos de jiu-jítsu, passagens aéreas, inscrições em campeonato e vídeo game.
Conforme relatado pela Delegada Deborah Ponce de Leão, ele dopava os alunos e se aproveitava da situação para abusar sexualmente das vítimas. Na maioria das vezes, o crime ocorria quando estavam em viagens ou na cada do suspeito.
A prisão faz parte da Operação Hagnos, deflagrada nacionalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).