Os casos de esporotricose humana tem aumentado no Amazonas, as notificações da doença de janeiro até o dia 26 de novembro deste ano, são de 1.443 casos.
Nos últimos 6 meses, o aumento foi de 814 casos. Até maio deste ano, o Amazonas tinha 629 notificações.
Os dados são da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
Dos 1.443 casos de esporotricose humana notificados no estado, 1.078 estão confirmados e 184 em investigação. Não há óbitos relacionados à doença.
Manaus é o município com mais pessoas com relatos, são 1.038 na capital, em Presidente Figueiredo são 28 registros, seguidos por Barcelos com 7, Urucurituba com 4 e Careiro com apenas 1.
Esporotricose animal no Amazonas
Também foram divulgados dados sobre a esporotricose animal no Amazonas. De janeiro a 26 de novembro, foram notificados 3.030 casos.
Entre eles, 2.373 estão confirmados, em tratamento 1.437. Foram registradas 924 eutanásias/óbitos pela doença em animais.
A maior quantidade de animais é de gatos (97,9%), seguidos de cães (2,1%). Os animais envolvidos são, em maioria (67%), machos.
Esporotricose: o que é essa doença
A esporotricose é uma infecção por fungos do gênero Sporothrix, que vive naturalmente no solo, em cascas de árvores e na vegetação em decomposição, podendo infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos.
A transmissão para humanos ocorre pela implantação do fungo na pele ou mucosa, por meio de contato com espinhos, palha ou lascas de madeira que estiveram em contato com vegetais em decomposição contaminados pelo fungo
Os animais podem transmitir a doença para humanos e outros animais por meio de arranhadura, mordedura ou lambedura e pelo contato com secreções respiratórias e lesões na pele e mucosas.
A orientação é evitar que cães e gatos saiam às ruas sem supervisão, isso reduz o risco de infecção por esporotricose. Em caso de suspeita de esporotricose animal, a orientação é levar o animal ao veterinário, com urgência.