A advogada, Suiane Vitória da Silva, de 27 anos, foi presa preventivamente pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) nesta sexta-feira (29), ela tinha sido liberada após ser flagrada com 10 kg de drogas em Manaus.
O pedido de prisão preventiva foi solicitado pelo MPAM em nome da advogada e ela foi presa pela PC-AM nesta sexta (29).
Segundo o MP, não houve fundamentação formal por parte do delegado para a decisão de validar a prisão do companheiro de Suiane e não aplicar o mesmo procedimento à advogada.
“O procedimento foi aberto para investigar a existência de algum crime, alguma omissão, de uma forma geral, ilegalidades, o que houver no âmbito criminal relativamente a esse contexto dessa lavratura desse flagrante, envolvendo essas pessoas”, disse o promotor Armando Gurgel.
Relembre o caso
No dia 21 de novembro, a advogada foi flagrada com 10 kg de cocaína no bairro Colônia Terra Nova, zona norte de Manaus. No momento da abordagem, ela estava com o companheiro, Janderson de Medeiros da Silva, de 32 anos.
De acordo com a Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), a prisão ocorreu após denúncias de disparos de arma de fogo e comercialização de drogas no local. Ao revistarem o veículo do casal, os policiais encontraram dez tabletes de cocaína escondidos no interior do carro, além de dois celulares, que também foram apreendidos.
Ele foi preso em flagrante, ela foi liberada pelo delegado de plantão do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Advogada disse que foi receber pagamento
Conforme consta no documento, a advogada alegou que estava no local onde a abordagem policial foi feita para receber honorários, mas foi flagrada com 10 kg de cocaína no veículo em que estava.
O Ministério Público considera que essa justificativa não configura envolvimento em atividades relacionadas ao exercício da advocacia, o que dispensaria a presença da comissão de prerrogativas da OAB.
Delegado que liberou advogada está sendo investigado
A soltura da advogada gerou questionamentos, e o Ministério Público do Amazonas (MPAM) iniciou uma investigação para apurar a conduta do delegado responsável. Segundo o promotor, o procedimento visa esclarecer possíveis irregularidades ou omissões no registro do flagrante.
Por meio de nota, que um processo administrativo interno seria instaurado e o delegado seria convocado para esclarecer os motivos que levaram ele a decidir pela liberação da advogada.