O município de Parintins, localizado a 369 quilômetros de Manaus, registra atualmente a pior qualidade do ar no Amazonas, classificada como “péssima”.

De acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA), a concentração de partículas finas (PM2.5) no ar da cidade atingiu 141,7 µg/m³.

Essas partículas, com diâmetro de até 2,5 micrômetros, são extremamente pequenas — cerca de 30 vezes menores que a espessura de um fio de cabelo — e podem penetrar profundamente no sistema respiratório, ocasionando sérios problemas de saúde.

A qualidade do ar em Parintins está 400% pior do que o nível considerado aceitável. Em relação aos parâmetros ideais para a respiração, o valor ultrapassa 900%, conforme dados da Secretaria de Saúde.

Qualidade do ar

A densa fumaça provocada pelas queimadas na região, que cobre toda a cidade, compromete a visibilidade e representa um risco à saúde.

O músico Bené Siqueira desabafa: “É difícil respirar, e para quem trabalha com a voz, esse fumaceiro traz muitos problemas. Muitas vezes, isso é resultado da falta de consciência das pessoas que fazem roçados e colocam fogo no mato. Tudo bem que às vezes é necessário, mas falta conscientização.”

A situação se agrava devido à escassez de chuvas na região.

Grupos de risco

Além das crianças e dos idosos, pessoas com doenças respiratórias ou cardiovasculares, como asma ou hipertensão, estão mais vulneráveis aos efeitos da fumaça.

Gestantes também devem evitar a exposição, pois isso pode afetar o desenvolvimento fetal.

Prevenção e cuidados

Para minimizar os riscos, é importante evitar a exposição direta à fumaça, manter janelas e portas fechadas para reduzir a entrada de poluentes em ambientes internos e usar purificadores de ar.

Em áreas muito afetadas, o uso de máscaras adequadas, como as N95, pode ajudar a proteger as vias respiratórias. Se surgirem sintomas graves, como dificuldades respiratórias, é fundamental procurar ajuda médica imediatamente.